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Erro crasso: Receita da ITA Airways ficou 50% abaixo do que estava projetado

Em qualquer empresa, fazer boas projeções de futuro é fundamental, pois, quanto maior previsibilidade, menos surpresas a empresa tem. No entanto, parece que a italiana ITA Airways não conseguiu chegar a um bom modelo preditivo em seu começo, ainda que as previsões estivessem olhando apenas ao curtíssimo prazo.

O assunto veio à tona na quarta-feira (12), quando o presidente da companhia aérea, Alfredo Altavilla, explicou durante uma reunião com parlamentares italianos que a companhia faturou 86 milhões de euros em dois meses e meio (desde que começou a voar em outubro), metade do planejado. Segundo a matéria da agência EFE, o executivo justificou que os números ruins deveram-se à pandemia e à perda de voos na Sardenha.

Altavilla argumentou que as restrições na Europa para conter o coronavírus pesaram, o que obrigou a companhia aérea a cancelar 849 voos em janeiro, mais de 7% dos planejados. A perda de voos na Sardenha, cuja concorrência foi vencida pela companhia aérea espanhola Volotea, o aumento do preço do petróleo bruto e o enfraquecimento do euro face ao dólar foram outros fatores que penalizaram os fluxos de caixa.

Nas últimas semanas, muito se falou sobre a sustentabilidade do negócio a longo prazo e a necessidade da ITA unir-se a um parceiro maior, que poderia ser outro grupo como a Lufthansa, o IAG ou mesmo o Air France-KLM, para melhor competir no mercado europeu. A expectativa é que esse assunto avance nos próximos meses.

Atualmente, o ITA tem 52 aeronaves e quer chegar a 78 em 2022 e 105 em 2025. São ao todo 2.800 funcionários, dos quais 1.250 são de terra e 1.550 de voo, em comparação com os quase 11.000 que a Alitalia tinha. O objetivo é chegar a 3.800 trabalhadores em 2022 e 5.750 em 2025.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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