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Esquadrões de caça realizaram Reabastecimento em Voo sobre o Sul do Brasil em exercício da Força Aérea

F-5 e KC-390 – Imagem: Força Aérea Brasileira

Com o objetivo de adestrar pilotos e equipagens às peculiaridades desse tipo de missão, além de otimizar a capacidade de operação, permitindo uma atuação mais rápida e eficiente em todo o território nacional, Esquadrões da Força Aérea Brasileira (FAB) treinaram Reabastecimento em Voo (REVO) de aeronaves no Exercício Técnico REVO-CAÇA 2023, realizado pela Base Aérea de Canoas (BACO) entre os dias 03 e 14 de abril.

Participaram do treinamento:

– Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa, de Canoas, com suas aeronaves F-5M;

– Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), sediado na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), localizado no Rio de Janeiro (RJ), também com aeronaves F-5M;

– Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV) – Esquadrão Poker e o Terceiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (3º/10º GAV) – Esquadrão Centauro, ambos sediados em Santa Maria (RS), com as aeronaves A-1M; e

– Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1° GT) – Esquadrão Gordo, sediado na Base Aérea do Galeão (BAGL), com a aeronave KC-390.

A-1M – Imagem: Força Aérea Brasileira

O Capitão Aviador Felipe Macedo da Cruz, piloto da aeronave reabastecedora KC-390, explicou que, para esse tipo de missão, há toda uma coordenação antes do voo com os pilotos das aeronaves recebedoras e, também, com o centro de controle de tráfego aéreo respectivo.

“Para haver o reabastecimento, é selecionada uma área reservada para a atividade e são acertados os procedimentos durante o voo, tanto em situações normais quanto em possíveis emergências”, explicou o piloto.

Próximo ao momento do reabastecimento, as aeronaves realizam o “rendez-vous“, manobra que permite que as aeronaves recebedoras encontrem a aeronave reabastecedora.

Durante o procedimento, também ocorre a aproximação da mangueira de reabastecimento, acondicionada abaixo da asa da aeronave, que será estendida momentos antes da transferência. Esse equipamento é chamado Wing Air-to-Air Refueling Pod (WAARP) e, em sincronia com o voo da aeronave reabastecedora, o piloto da aeronave de caça conecta, na cesta, o tubo de reabastecimento (conhecido como probe), obtendo o combustível que permitirá maior tempo em voo.

As válvulas utilizadas, tanto nas sondas como nos cestos, seguem um padrão internacional da OTAN, em que um avião-tanque pode reabastecer vários aviões. O cesto possui um sistema de segurança para que, em caso de movimentos bruscos, ou em caso de tempestade, se ocorrer o risco de quebra, uma válvula impeça o vazamento de combustível.

A capacitação das equipagens em missões de reabastecimento em voo permite potencializar as características de alcance e penetração nas diversas ações de Força Aérea que podem ser atribuídas aos esquadrões de caça, ampliando o poder de combate da Força Aérea Brasileira.

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