A Ryanair informou em seu Twitter que cancelou 400 voos devido às greves dos controladores de tráfego aéreo na França. Como a maioria dos voos afetados eram apenas sobrevoos no território francês e tinham como partida ou destino a Irlanda, Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha, o CEO Michael O’Leary ficou irado.
“A Ryanair e mais de 1,1 milhão de passageiros de saco cheio over conclamam a Ursula von der Leyen a tomar ações urgentes para proteger os sobrevoos e o direito de livre movimentação dos cidadãos da União Europeia durante a greve de hoje, 6 de junho”, disse O’Leary em uma publicação através do perfil oficial da empresa aérea no LinkedIN.
Em uma declaração no final do ano passado, O’Leary disse que os controladores de tráfego franceses sempre escolhem as sextas-feiras para iniciar as greves para que “tenham finais de semana de três dias” e que as paradas são meramente recreativas, ignorando o impacto que causam a milhares de passageiros.
A Ryanair foi à Comissão Europeia para relatar sua insatisfação. Segundo a empresa, os 1,1 milhões de passageiros que assinaram a petição estão “cansados das suas férias arruinadas por causa dos cancelamentos desnecessários de sobrevoos durante as greves francesas”.
Na terça-feira, ocorreu a 14ª greve nacional coordenada pelos sindicatos franceses para protestar contra as reformas de aposentadoria do governo. Naquele dia, as previsões eram de que aproximadamente 400.000 a 600.000 pessoas compareceriam aos protestos. Embora seja significativamente menor do que a participação de mais de 1 milhão de pessoas no início do ano, o impacto do dia de protesto variou de acordo com os meios de transporte.
A companhia ferroviária SNCF estimou uma programação levemente interrompida. Por outro lado, o transporte público em Paris, que inclui o metrô, funcionou com relativa normalidade. No entanto, os aeroportos de Paris-Orly sofreram grandes cancelamentos, com um terço dos voos de partida afetados.
