Ethiopian Airlines permanece à tona graças ao mercado de carga

Segundo o CEO da maior companhia aérea da África, a Ethiopian Airlines é lucrativa e líquida graças ao boom da demanda por carga aérea.

Imagem: Alan Wilson / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

O mercado de carga aérea tem sido um dos únicos pontos fortes do setor nos últimos dois anos. Graças ao aumento dos fretes, consequência imediata do boom de compras do e-commerce e devido à falta de abastecimento de “carga de barriga” (capacidade do porão em voos de passageiros) e às interrupções na cadeia de abastecimento, a procura de espaço de carga está em níveis recordes.

Tewolde Gebremariam, CEO da Ethiopian Airlines, disse à Reuters que, para sua companhia aérea, “o negócio de carga é forte, e o pilar do grupo”. Segundo ele, a companhia aérea está a operar “cerca de 70% da sua capacidade pré-pandemia”, e concedeu aumentos salariais e bônus aos funcionários. “Somos líquidos e lucrativos”, acrescentou.

O executivo continuou, criticando a política global descoordenada de combate à pandemia. Gebremariam observou que, embora a demanda por viagens de passageiros esteja melhorando e se espere que 2022 seja melhor para as companhias aéreas do que no ano passado, o setor ainda está longe de se recuperar totalmente da crise. 

As “respostas fragmentadas e descoordenadas dos governos à pandemia levaram a estrangulamentos e a atrasar a recuperação” das viagens de passageiros, encerrou o gestor.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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