
Em uma decisão que promete gerar polêmica, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) anunciou que começará a aceitar pedidos de proprietários de aeronaves particulares para ocultar suas identidades em seus sites oficiais.
Essa mudança, prevista em uma legislação de privacidade de dados, pode tornar o rastreamento de aeronaves privadas, como jatos executivos, uma tarefa mais complicada para a sociedade em geral e órgãos reguladores.
Desde o dia 28 de março, os proprietários de aeronaves podem solicitar à Agência de Registro da Aviação Civil que seus nomes, endereços e números de registro de aeronaves sejam mantidos em sigilo.
Essa iniciativa surge em meio a um crescente clamor por mais privacidade em um mundo onde a transparência muitas vezes é vista como uma questão de segurança pessoal. Bilionários como Elon Musk e celebridades como Taylor Swift já manifestaram suas preocupações a respeito do monitoramento das movimentações de suas aeronaves por meio das redes sociais, alegando que isso representa um risco à segurança.
O movimento da FAA, embora tenha como objetivo atender a solicitações de privacidade, levanta questões sobre os impactos que isso pode ter na segurança da aviação e na capacidade de órgãos e usuários de realizar funções essenciais, como manutenções, verificações de segurança e cumprimento das normas regulatórias.
A FAA está buscando a opinião pública sobre a proposta, ponderando se a remoção de informações poderia comprometer a eficácia das operações no setor aéreo.
Enquanto para muitos, a obstinação de alguns por privacidade pode parecer um anseio legítimo, críticos temem que essa mudança resulte em uma maior opacidade no rastreamento de aeronaves, o que pode servir a interesses obscuros ou até mesmo facilitar atividades ilícitas.