EUA decide manter Embraer Super Tucano na frota, agora numa função distinta

A maior e mais poderosa Força Aérea do mundo, a dos EUA, decidiu manter em sua frota uma parte dos seus únicos aviões brasileiros que ela já operou.

Um trio de aeronaves Embraer A-29 Super Tucano chegou recentemente à Base Aérea de Edwards, no Sul da Califórnia, para se juntar a uma frota única na Escola de Pilotos de Teste da Força Aérea Americana (USAF). A chegada marca a primeira designação de novas aeronaves para a escola em quase 30 anos.

O A-29 foi projetado como uma aeronave de apoio aéreo aproximado de baixo custo. Essas aeronaves foram originalmente adquiridas pelo Comando de Operações Especiais da Força Aérea, mas foram dispensadas após mudanças nas exigências das missões. O Centro de Testes da Força Aérea e a liderança da escola viram essas aeronaves excedentes como uma oportunidade única para expandir as capacidades de teste e treinamento de voo em Edwards.

Como parte de uma mudança mais ampla em resposta à competição global, a missão da Escola de Pilotos de Teste da Força Aérea está evoluindo para atender às necessidades estratégicas. Um foco refinado em três pilares inclui o desenvolvimento de uma equipe de classe mundial, a criação de líderes de teste com pensamento crítico altamente adaptável e o avanço de pesquisas de ponta.

Embora o design da fuselagem do A-29 seja ideal para voo de testes em parafuso, o Super Tucano também oferece uma variedade de aviônicos modernos e a capacidade de transportar externamente equipamentos através de diversos pilones nas asas.

Isso permitirá à escola realizar treinamentos e pesquisas com uma variedade de sensores e armas multidomínio, reduzindo a dependência dos jatos Northrop T-38 Talon e dos caças supersônicos Lockheed Martin F-16 Falcon, ao mesmo tempo que aprimora a capacidade de executar aspectos da missão de teste de desenvolvimento atribuída ao Centro de Testes da Força Aérea.

“A decisão de transferir as aeronaves A-29 para Edwards é resultado de uma análise cuidadosa da Escola de Pilotos de Teste e um excelente exemplo de agilidade e colaboração de comando para aproveitar uma oportunidade única e passageira”, disse Michael Banzet, diretor de planos e programas do Centro de Testes da Força Aérea. “Isso não só reaproveita um investimento de US$ 63 milhões dos contribuintes, mas também moderniza e expande o currículo da escola para acelerar o lançamento de capacidades de combate para a Força Aérea dos EUA.”

Um dos aviões transferidos inclusive será mantido com a pintura alusiva ao esquadrão 1st Air Commando Group (ACG), que operou na Segunda Guerra com caças P-51 Mustang e aviões de ataque ao solo P-47 Thunderbolt (o mesmo utilizado pela Força Aérea Brasileira no conflito e antecessor histórico do A-29).

Após várias mudanças organizacionais, o 1st ACG se tornou o 1st Special Operations Wing, dentro do Comando de Operações Especiais da USAF, onde o Super Tucano estava alocado.

Com Informações da Comunicação Social da Base Aérea de Edwards