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EUA estima que demora um ano para treinar pilotos ucranianos no caça F-16, se esse for o caminho

Dois F-16 e um Mig-29 – Foto: USAF

Os americanos acreditam que levaria cerca de um ano para treinar 12 pilotos ucranianos para pilotar caças F-16. A afirmação foi feita no domingo, no canal de televisão CBS, pelo senador norte-americano Mark Kelly (Democratas, do Arizona).

O legislador observou que é necessário “considerar a questão” da possibilidade de entregar os F-16 à Ucrânia. “Levei isso ao conhecimento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos“, explicou. “Avaliamos recentemente no Arizona, em Tucson, onde moro, dois pilotos ucranianos de F-16. Conversei com instrutores de voo”, disse Kelly. Ele não forneceu detalhes sobre essas verificações. Falando sobre o lado ucraniano, o legislador acrescentou: “Ainda não está claro como eles querem usar o F-16. Eles estão procurando um novo fator que possa mudar a situação”.

“O F-16 não é uma montaria de artilharia, não é um tanque, é muito difícil de manter”, acredita o senador. “Também examinamos algumas outras opções. Existem outros países que também têm F-16. Isso poderia ser uma opção. Mas levará algum tempo”, disse Kelly. “Quero dizer, de acordo com as estimativas aqui, levará cerca de um ano para treinar 12 ucranianos, se formos por aqui, 12 atuais pilotos de MiG-29”. 

O senador lembrou que já havia servido na Marinha dos Estados Unidos e, principalmente, feito missões de combate. Ele também foi anteriormente um astronauta.

Kelly observou que visitou recentemente a Ucrânia. “O objetivo da viagem foi avaliar o que eles precisam, o que podemos oferecer a eles”, explicou. O legislador especificou que compartilharia suas “avaliações da situação na Ucrânia” com o Pentágono e funcionários do governo dos EUA. “Uma das coisas que vimos são seus estoques de munição. Não vou comentar aqui questões de inteligência. Mas precisamos garantir que estamos fornecendo a eles as armas e sistemas de que precisam para ter sucesso”, disse o senador. disse.

Kelly não deu uma resposta definitiva à questão de saber se os relatos da mídia citando documentos classificados estão corretos, segundo os quais Kiev enfrenta uma escassez aguda de antimísseis. “Seu sistema de defesa aérea também está sendo testado”, disse ele, observando que o lado ucraniano precisa de projéteis de artilharia. “Nem a Rússia nem a Ucrânia têm agora superioridade aérea, que é muito importante em uma zona de guerra, e não é fácil obtê-la, e eles usam muitas armas”, acredita ainda o senador.

Apesar das falas do Senador, não existe uma declaração expressa dos EUA de que vão treinar pilotos ucranianos em caças ocidentais. O Pentágono também se mostra reticente com o fato de enviar caças à Ucrânia.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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