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EUA exigem correção de bug que contribuiu para acidente com o Boeing 777

Os EUA tornarão obrigatória uma mudança no software do Boeing 777 que contribuiu para um acidente em 2013.

Foto: NTSB

A mudança ocorre quase 10 anos depois do acidente com um Boeing 777-200ER da sul-coreana Asiana Airlines em São Francisco, que vitimou 3 pessoas. Durante a aproximação, a aeronave estava lenta demais, perdeu sustentação e colidiu com o solo antes da pista, fazendo com que o Boeing literalmente “capotasse” em pleno ar, voltando a atingir o solo em frente.

A perda de sustentação foi ocasionada por uma redução na velocidade após a redução da potência. A investigação revelou que o piloto, que ainda estava em treinamento, não monitorou a velocidade da aeronave durante o pouso. Isso porque o profissional estava habituado com o sistema de proteção do Airbus que voava antes, e também foi instruído que, caso o Boeing chegasse na velocidade mínima para se manter em voo (velocidade de estol), o computador de voo iria automaticamente aumentar a potência dos motores para evitar a perda de sustentação e a consequente queda.

No entanto, isso não acontecia no Boeing 777. Soma-se a isso o fato de que a aérea não incentivava os seus pilotos a fazerem pousos manuais, tanto que era o primeiro pouso “na mão” feito pelo piloto. Criou-se na empresa uma cultura de sempre confiar na automação da aeronave.

Veja o vídeo do acidente abaixo:

Além disso tudo, outro motivo também levou ao acidente. Segundo a FAA, uma má programação do software também deveria ser ajustada. Segundo a agência revelou, o software “introduz uma falha ao não desativar o controle automático de potência durante a ativação manual para potência de decolagem”.

A Boeing já sabia desse erro e no ano passado enviou um boletim a todos os operadores do 777 no mundo, alertando sobre o problema e anexando uma correção. Porém isso agora vai virar regra, ao menos para os 353 jatos 777 registrados nos EUA, como diz uma nova diretiva assinada pela agência americana.

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