EUA nega pedido para redução da experiência mínima para pilotos iniciantes

Divulgação – Republic Airways

O governo dos EUA, através da Administração Federal de Aviação (FAA), negou o pedido para que pilotos comecem a carreira em voos comerciais com menos experiência. O pleito havia sido aberto pela Republic Airways, que queria baixar o requisito de 1.500 horas de voo mínimas para um piloto voar em linhas aéreas.

A proposta visava baixar o requisito de entrada pela metade, desde que o piloto fosse formado dentro da escola da própria empresa, acompanhado de pilotos experientes que já voam os jatos regionais, e com o aprendizado voltado para a operação da própria empresa, deixando pouca margem para erros não corrigidos quando chegasse aos grandes aviões.

A alegação da empresa era que, desta maneira, a segurança seria mantida, mas reduzindo o custo de formação, que afasta potenciais pilotos, e também o tempo entre o primeiro voo e até atingir o posto numa companhia aérea.

No entanto, a FAA negou o pedido, falando que falta base legal para que ela possa reduzir os requisitos apenas para atender uma falta de demanda de pilotos e que o interesse público maior é com a segurança, mesmo que isto impacte num custo maior da indústria e, por consequência, em passagens mais caras.

Outro ponto citado pela agência é que ela atua pela regra e não pela exceção, que foi o pedido da Republic. Segundo a FAA, mesmo que abrisse um precedente para outras empresas aéreas, deixando de ser uma exceção, a Republic seria mais beneficiada inicialmente, o que não seria justo e imparcial.

Por fim a agência afirma que as medidas que a própria Republic adota hoje para que tenham mais pilotos, como financiamento facilitado, bolsas, bônus e outros incentivos, devem ser a maneira para aumentar o número de aviadores em seu quadro.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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