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EUA propõe nova regra que obriga os novos projetos de aviões a serem sustentáveis

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A Administração Federal de Aviação (FAA) do Departamento de Transportes dos EUA (DOT) divulgou ontem (16) uma regra proposta para reduzir os gases de efeito estufa emitidos pela maioria das aeronaves de grande porte que voam no espaço aéreo dos EUA. A regra exigiria mais eficiência de combustível para novas aeronaves a jato subsônicas e aeronaves turboélices e hélices de grande porte que ainda não estão certificadas, e para novos aviões fabricados após 1º de janeiro de 2028.

“É um passo importante na redução da quantidade de emissões de gases de efeito estufa liberadas pelos aviões de nosso país e, finalmente, atingindo a ambiciosa meta do presidente Biden de emissões líquidas zero até 2050“, disse o secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg.

Exemplos de aeronaves comerciais que terão necessidade de atender às normas propostas incluem o próximo Boeing 777X e versões futuras do 787 Dreamliner e do Airbus A330neo; jatos comerciais como o Cessna Citation; e aviões turboélices civis como o ATR 72 e o Viking Limited Q400. A regra proposta não se aplica aos aviões já em serviço.

A ação de hoje faz parte do Plano de Ação Climática da Aviação dos EUA, que pretende alcançar emissões líquidas de gases de efeito estufa zero do setor de aviação dos EUA até 2050.

Durante o ano passado, a FAA anunciou mais de US$ 100 milhões em contratos de pesquisa correspondentes para aumentar a eficiência das aeronaves, reduzir o ruído e as emissões de aeronaves e desenvolver e implementar novos softwares para reduzir os atrasos nos táxis. Esses esforços se baseiam no Desafio dos Combustíveis de Aviação Sustentável da Administração Biden-Harris, anunciado no ano passado.

O padrão de emissão, na regra proposta, utiliza uma métrica que equipara a eficiência e o consumo de combustível com reduções no dióxido de carbono (CO2). A regra proposta também acomoda uma grande variedade de medidas eficientes em combustível na fabricação de aviões, incluindo melhorias na aerodinâmica, eficiência de propulsão do motor e reduções na massa de uma aeronave antes do carregamento.

A proposta da FAA está alinhada com as normas de emissão de CO2 de aeronaves estabelecidas pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) das Nações Unidas e com as regulamentações da USEPA que implementam o padrão ICAO. Assim, garante a aceitação mundial de aviões fabricados nos EUA e motores de aviões. O Edital de Formulação de Regras Propostas, Certificação de Eficiência de Combustível de Avião, pode ser encontrado no Registro Federal. Comentários públicos devem ser recebidos até 15 de agosto de 2022.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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