Europa obriga avião russo a dar enorme volta e voo que teria 3h vira saga de mais de 8h

Foto de Anna Zvereva, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

Neste final de semana, outro voo russo, operado por uma aeronave Ilyushin IL-96-300 (RA-96019), teve que fazer uma enorme volta para chegar ao seu destino, a cidade de Paris, na França. O motivo para tal rota foi, naturalmente, as sanções colocadas pela Europa, que impedem o sobrevoo de aeronaves russas.

O pouso em Paris, por sua vez, apenas foi possível após o governo russo obter um acordo diplomático especial para que uma aeronave fosse “resgatar” diplomatas expulsos declarados personae non-gratae na França.

Nos dias 4 e 11 de abril, o Ministério das Relações Exteriores da França determinou que 41 diplomatas russos deveriam deixar o país, alegando que estariam envolvidos em atividades “contrárias aos interesses de segurança nacional” da França. O embaixador da Rússia, Alexey Meshkov, protestou ao Ministério das Relações Exteriores da França, apelidando a decisão de Paris como um passo hostil.

A Agence France-Presse informou que cerca de 140 pessoas, incluindo diplomatas e suas famílias, estavam a bordo do avião no voo de volta para a Rússia. O destino da operação foi a cidade de São Petersburgo.

Como mostram os dados capturados pela plataforma de rastreamento de voos RadarBox, a aeronave precisou contornar o extermo norte do continente europeu e voar em espaço aéreo internacional, antes de curvar e iniciar uma aproximação para Paris. A jornada, que normalmente leva pouco mais de 3 horas, tornou-se uma saga de 8 horas e meia.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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