Europa retira cerificações de mais aeronaves e centros de manutenção russos

Foto de Dmitry Terekhov, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) decretou mais restrições à indústria de aviação civil russa, suspendendo os certificados de tipo de aeronaves fabricadas na Rússia e também retirando as aprovações da Part 145 das organizações de manutenção russas, bem como os certificados de Operador de Terceiro País (TCO) de todas as companhias aéreas do país de Vladimir Putin.

O regulador europeu, em comunicado, disse que não permitirá mais que os seguintes tipos de aeronaves e instituições operem em seu espaço aéreo supervisionado:

– Irkut SSJ 100/95 ,

– Beriev Aircraft Company BE-103 e BE-200ES-E,

– Tupolev Design Bureau Tu-204-100 ,

– Centro Aeronáutico Augur AL30, e

– Helicópteros russos Ka-32.

Atualmente, nenhuma companhia aérea sob jurisdição da EASA opera qualquer um dos tipos. E à luz das proibições do espaço aéreo que impedem as companhias aéreas russas de voar para a União Europeia, os SSJ100/95 ou Tu-204 não sobrevoam mais o bloco.

A EASA também suspendeu as aprovações de manutenção de 39 entidades russas, incluindo as instalações de algumas das maiores companhias aéreas do país, como Aeroflot, S7, Volga-Dnepr e Ural Airlines. A retirada afeta não apenas as companhias aéreas russas, mas também quaisquer operadores terceirizados que possam contratar esses provedores de MRO para manter sua frota. Essas oficinas deixarão de ser reconhecidas pela EASA.

A decisão também suspende as autorizações de TCO de 43 companhias aéreas russas. Isso significa que elas não poderão mais transitar no espaço aéreo supervisionado pela EASA. Os detentores de certificados de tipo da EASA e outros detentores de aprovação de projeto também foram proibidos de fornecer suporte de aeronavegabilidade, ou qualquer outra forma de suporte técnico, a aeronaves registradas ou projetadas na Rússia ou operadas por um operador russo.

O regulador disse que não consideraria nenhum novo pedido de certificados ou aprovações de entidades russas por enquanto. A reação da EASA foi motivada pelas amplas sanções impostas à Rússia por sua invasão da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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