Uma nova sanção contra a Rússia foi colocada pela Europa nesta semana, e agora afeta de maneira diferente a aviação de Moscou.
As sanções contra a aviação Rússia, após a invasão da Ucrânia, incluem proibição de voos de aviões de empresas russas, ou associados a essas, voos privados e comerciais. Além disso, empresas donas dos aviões (locadoras) ficaram impedidas de alugarem aeronaves para as companhias aéreas da Rússia e deu início a uma corrida de retomada de posse, às vezes com sucesso e outras não.
Até agora, no entanto, nada dizia que, se uma empresa europeia ou de outros locais não sancionados, tivessem jatos russos, elas não poderiam voá-los a destinos na Europa. Mas isso acaba de mudar.
A Agência Europeia de Segurança da Aviação, a EASA, anunciou que suspendeu a certificação dos jatos Sukhoi Superjet 100 e do Beriev Be-200. Com istos estes jatos não podem voar em espaço europeu sob nenhuma circunstância, mesmo operado por companhias locais, numa medida similar ao que aconteceu com o Boeing 737 MAX após os acidentes de 2018 e 2019.
Além disso, segundo o site alemão AeroTelegraph, o processo de certificação do Irkut MC-21 está suspenso, fechando as portas para qualquer aeronave russa moderna.
Na prática, esta decisão tem pouco efeito, já que o Be-200 não é utilizado em voos comerciais, o MC-21 não foi certificado ainda, e o Superjet 100 foi retirado da frota da irlandesa CityJet, que o operou para a Brussels Airlines como mostramos aqui numa matéria especial.
Sendo assim resta apenas a Comlux, uma empresa de voos executivos da Suíça mas que tem várias filiais, uma delas no Cazaquistão, onde tem dois Superjet em configuração VIP para apenas 19 passageiros. Neste caso a empresa não poderá voar com ele no espaço aéreo europeu.