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Ex-CEO de aérea deve ser multado em £ 10.000 por burlar quarentena da Covid

O milionário empresário e ex-CEO da Etihad Airways, James Hogan, está sofrendo acusações por usar passaportes diferentes, de modo a adentrar a um país e não cumprir a quarentena obrigatória imposta pelo governo.

James Hogan
James Hogan – Imagem: Fórum Econômico Mundial, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

O antigo diretor-executivo que ficou a frente da Etihad Airways no período de 2006 a 2017, e que tem dupla nacionalidade – australiana e britânica -, viajou no dia 17 de março de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, para Genebra, na Suíça, utilizando seu passaporte australiano.

O Reino Unido, que já estava desde janeiro com restrições para passageiros chegando dos Emirados Árabes, apresentava isenção de isolamento para passageiros chegando da Suíça.

Dessa forma, James, que segundo aponta o Paddle Your Own Kanoo ficou apenas dois dias em Genebra, onde está uma das sedes da Knighthood Capital, empresa dirigida por ele, partiu então para Londres utilizando seu segundo passaporte, que é de nacionalidade britânica, livrando-se então de um isolamento de 10 dias.

Os planos de fugir de uma quarentena obrigatória, imposta pelo Reino Unido, foram descobertos por autoridades após uma denúncia feita na embaixada britânica na Suíça ou nos Emirados Árabes Unidos, por uma pessoa próxima que, segundo fontes, teria sido informada pelo próprio James sobre seu plano de ‘furar’ o isolamento.

Acredita-se que o ex CEO tenha realizado essa estratégia mais de uma vez e as últimas viagens estão sendo investigadas cuidadosamente, para detectar a possível fraude. James foi colocado em quarentena assim que chegou ao Aeroporto de Heathrow, em Londres. Além de ter que arcar com os custos do hotel em que está isolado, poderá receber processos da Força de Fronteira do Reino Unido pela violação e receber uma multa de $10.000 libras (cerca de $75.500 reais).

Em sua passagem pela Etihad, que durou 11 anos, James supervisionou o rápido crescimento da companhia. Em julho de 2008, ele assinou um dos maiores pedidos de aeronaves da história para 205 unidades no valor de cerca de US$ 43 bilhões, para atender aos ambiciosos planos de crescimento de longo prazo da companhia aérea.

Deixou o cargo no segundo semestre de 2017 e fundou sua própria empresa de investimentos, a Knighthood Capital, com sede na Suíça.

Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
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