A operação de drones kamikazes não será uma realidade próxima no Brasil, com o Exército cancelando o único plano de compra deste equipamento.
Com vasto uso por ambos os lados na invasão russa na Ucrânia, os drones kamikazes são aeronaves de pequeno porte controladas remotamente e que carregam explosivos de maneira interna, sendo necessária a sua colisão contra o alvo para engatar a explosão, de maneira similar aos que os pilotos japoneses faziam no final da Guerra do Pacífico, mirando porta-aviões americanos.
Por serem menores do que os drones convencionais, são de detecção mais difícil e têm abate dificultado, isso se soma ao fator de terem menor custo, de modo que acabaram se tornando uma opção viável para países com recursos limitados na área de defesa, como é o caso da Rússia e da Ucrânia, que tem se adaptado na linha de combate.
O Exército Brasileiro abriu no início do ano, através da sua Comissão na capital americana de Washington, um pedido de cotação (RFQ) para que empresas apresentem propostas de dois modelos de drone kamikazes, com alcance de até 50 quilômetros, como informa o portal Tecnologia & Defesa.
Um total de 11 empresas responderam ao pedido, incluindo indústrias brasileiras, indianas, israelenses, australianas e polonesas. Porém, o Exército cancelou o RFQ alegando que não houve propostas válidas, mas que, com base nas informações colhidas, poderá reavaliar no futuro um novo programa de aquisição.
Até o momento, o Brasil não opera nenhum tipo de drone armado, tendo apenas um número limitado de drones para vigilância aérea, todos operados pela Força Aérea Brasileira e Polícia Federal.