Ainda que o crescimento da demanda por jatos cargueiros durante a pandemia tenha ajudado a manter alguns clássicos Boeing 747-200 em voo, vê-los em aeroportos do mundo não é uma tarefa fácil. Dos 363 jatos do modelo construídos pela Boeing, entre 1970 e 1991, restam hoje menos de 20 voando.
Todos os que ainda estão ativos são operados em missões de transporte especial para governos ou de carga em companhias aéreas de segunda linha. A Iran Air aposentou o último avião de passageiros do modelo em maio de 2016, 36 anos após a entrega.
Um levantamento exclusivo do Radarbox para o Aeroin, lista os clássicos jumbos que foram registrados durante, ao menos, um voo nos últimos 12 meses (maio de 2020 a junho de 2021).
OS QUE VOAM MAIS – Um dos destaques da lista fica por conta das aeronaves da Geo Sky (Geórgia) e Fly Pro (Moldávia), bastante utilizadas em voos de carga durante a pandemia, principalmente levando EPIs da China para todo o mundo. O jato da Fly Pro, inclusive, foi visto múltiplas vezes em voos ao Brasil nos últimos meses.
OS MAIS ANTIGOS – As forças aéreas dos Estados Unidos e do Irã possuem múltiplos Boeing 747-200 com mais de 40 anos. O mais antigo, da USAF, chega a 48 anos.
OS MAIS EXÓTICOS – Quatro Boeing E4-B “Nightwatch”, usados para comunicações avançadas do governo americano e cujo desenho externo, com seus equipamentos especiais, o distingue de todos os demais ainda ativos.
O DE TESTE – A Rolls-Royce, que fabrica motores de aeronaves, usa seu Boeing 747 no teste de novas tecnologias de propulsão para aeronaves.
Se hoje são incomuns, num futuro não muito distante esses clássicos jumbos devem desaparecer dos radares, na medida em que sua manutenção se tornar inviável ou a demanda por jatos cargueiros puros caia. Então, vale a pena recordar agora que ainda há um punhado ainda voando.
