A Federal Aviation Administration (FAA) se move para estender o prazo necessário para que as gravações de voz da cabine sejam preservadas por mais horas devido a vários incidentes graves recentes de incursões na pista nos EUA e a respectiva dificuldade de investigação devido às gravações serem sobrepostas.
A mudança ocorre um dia depois que a FAA realizou uma “Cúpula de Segurança” em Washington, DC, que foi concebida para “examinar ações adicionais que a comunidade da aviação precisa tomar para manter seu histórico de segurança”. No evento, a chefe do National Transportation Safety Board (NTSB), Jennifer Homendy, observou que os requisitos atuais da FAA – que 2h de gravações sejam preservadas – são insuficientes.
Homendy disse que seis incidentes críticos de segurança este ano envolvendo grandes aeronaves comerciais “têm uma coisa em comum: os gravadores de voz da cabine foram todos sobrescritos”. Por isso, o NTSB recomendou que o limite de 2 horas fosse estendido para 25 horas, relatou a CNN.
“A FAA está empenhada em atender às recomendações do NTSB”, disse a FAA em 16 de março. “Estamos iniciando a regulamentação que exigirá gravadores de voz da cabine para capturar 25 horas de informação. Também estabeleceremos um Comitê de Regulamentação da Aviação para explorar como fazer maior uso dos dados coletados pelo avião e seus sistemas, incluindo monitoramento expandido de dados de voo”.
Estender o limite “ajuda os operadores a melhorar a segurança”, disse Homendy na cúpula. Na Europa, a regra das 25 horas é obrigatória desde o ano passado, acrescenta ela, e aqui na América do Norte, “ainda estamos esperando por uma ação”.
O NTSB e a FAA estão investigando várias ameaças nos aeroportos dos EUA este ano.