Enquanto a aviação comercial brasileira passa por uma turbulência, com a recuperação dos piores momentos da pandemia e o fechamento abrupto da Itapemirim, a executiva decola e voa alto.
A procura por voos executivos tem crescido bastante no táxi aéreo ao ponto das empresas do setor já alertarem para uma possível falta de aeronaves. Segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo, as duas maiores empresas de táxi aéreo do país, TAM e Líder, estão começando a negar pedidos de fretamento com pouca antecedência.
A Líder Táxi Aéreo viu um crescimento de 15% nos fretamentos, que começam em R$24 mil, caso o passageiro opte por um turboélice King Air para voar de Belo Horizonte para São Paulo, um trecho que na aviação comercial dura uma hora e tem passagens a partir R$600 em média, para essa época.
Já a TAM afirma que viu um aumento de 60% em 2021, comparado ao período antes do coronavírus, e conta como vantagem o fato de poder operar em praticamente todos os 3 mil aeroportos do país, enquanto a maior empresa comercial em destinos, a Azul, não passa de 140 já estando muito acima da média das concorrentes Gol e Latam.
Segundo a Flapper, empresa agregadora de cotação e fretamento de táxi aéreo de várias empresas diferentes, 80% dos voos disponíveis até janeiro estão reservados, estando entre os destinos mais procurados o sul da Bahia, mas também com voos internacionais para o Caribe, que podem custar até R$900 mil.
A disputa pelos voos tem sido uma opção para os afortunados e milionários não passarem por aeroportos lotados durante a crise sanitária, que impôs restrições no serviço de bordo, aumentou filas e o estresse nos voos comerciais. Já os bilionários não se preocupam com isso, eles têm renovado suas frotas e comprado aviões cada vez maiores, e claro, mais caros, como mostrou este levantamento exclusivo.
