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Família acusa aérea de recusar o embarque de jovem sem braços e pernas em um de seus voos

Imagem: DepositPhotos

A companhia aérea Ryanair enfrenta acusações de maus-tratos após impedir que Dáire Gorman, um garoto de 13 anos sem braços e pernas, levasse sua cadeira de rodas motorizada em um voo recente. Dáire viajava de Dublin para Liverpool, onde planejava assistir ao Liverpool levantar o troféu da Premier League.

Dáire nasceu com a síndrome de Crommelin, uma condição extremamente rara, e vive sem braços nem ossos do fêmur nas pernas. No ano passado, um vídeo emocionado de sua primeira visita ao estádio do Liverpool viralizou, levando o jovem a ser convidado para um encontro com o então técnico Jurgen Klopp.

Segundo a mãe de Dáire, Shelley Gorman, a Ryanair retirou a independência do filho e o fez sentir-se um incômodo por usar uma cadeira motorizada. A família havia reservado a viagem em fevereiro, incluindo um pedido especial de assistência e informando sobre a cadeira motorizada. Dias antes do voo, a companhia pediu as dimensões da cadeira quando dobrada.

Respondi que era uma cadeira motorizada e que não podia ser dobrada”, relatou Shelley. No entanto, a Ryanair respondeu que o equipamento não poderia ser aceito por ser muito grande. “Eles chegaram a perguntar se ele não poderia viajar sem a cadeira, o que foi extremamente triste”, acrescentou a mãe.

Apesar de um reembolso ter sido posteriormente oferecido, a família não precisou utilizá-lo, pois a terapeuta ocupacional de Dáire conseguiu uma cadeira manual temporária para a viagem.

Ainda assim, houve dificuldades no embarque: Dáire precisou usar uma cadeira especial para o corredor do avião, sendo deixado por último para entrar na aeronave, o que resultou em desconforto e perda de dignidade ao ser empurrado até seu assento, enquanto outros passageiros observavam, conforme informou o The Mirror.

Em nota, a Ryanair classificou as acusações como “emocionais, imprecisas e absurdas” e afirmou que a cadeira motorizada excedia as dimensões máximas permitidas, informações disponíveis no momento da reserva. A empresa negou ter sugerido que o menino viajasse sem a cadeira e afirmou que o embarque de cadeiras é responsabilidade do serviço de apoio do aeroporto, operado pela DAA.

Se a Sra. Gorman tivesse cumprido as regras, não haveria problema”, declarou a companhia, que finalizou recomendando que a família respeite as limitações ou evite reservar com a Ryanair.

Até o momento, a Ryanair não respondeu a questionamentos sobre a colocação do assento de Dáire na parte traseira da aeronave, um dos pontos levantados pela família.

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Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
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