O “Corcunda de Seattle” está dando espaço para o “Foguete de Seattle” nas instalações da Boeing, num investimento feito pela FedEx.
Conhecido por sua corcunda, o 747-400LCF DreamLifter é um Jumbo modificado pela própria Boeing para transportar partes de outros aviões. Com função similar ao Beluga da Airbus, o Dreamlifter nasceu para transportar grandes peças de aeronaves para as linhas de montagem da fabricante americana.
Com o fechamento da linha de produção do 787 Dreamliner em Seattle e a concentração de toda a fabricação do jato em Charleston, do outro lado do país, a área do DreamLifter ficou vazia no Paine Field.
Boeing may be able to pick up some cash with this surplus in the aviation collectibles market pic.twitter.com/p184SAEu8W
— Paine Airport (@mattcawby) July 19, 2021
O espaço, visto nas fotos, era utilizado para abrigar o DreamLifter nas “horas de descanso” assim como todo o maquinário necessário para retirar as seções de fuselagem, além das próprias partes do 787.
Após a saída do programa do 787 do Paine Field, o espaço passou a ser usado apenas ocasionalmente para receber algumas partes do 767, que são feitas pela Spirit AeroSystems no Kansas, e que nunca precisaram de maquinário especial por serem componentes menores.
Com a vacância, a FedEx viu uma oportunidade e fechou um acordo com a Boeing. Agora a empresa de logística irá utilizar o espaço para as operações de seu jato 757, conhecido como “Foguete de Seattle” desde a época do lançamento devido à sua performance e cidade natal.
Segundo o Seattle Times, serão realizados voos diretos de segunda à sexta entre o Paine Field e Memphis, centro de operações da FedEx. Os voos cargueiros darão conta da demanda de cargas da própria Boeing, assim como toda a comunidade local do norte de Seattle.
O Paine Field tem crescido nos últimos anos, deixando de ser apenas o “Aeroporto da Boeing” e se transformando num mini hub regional, predominado por aviões da Embraer: