A companhia aérea Aurigny, das Ilhas Guernsey (parte do Reino Unido), anunciou que removerá seu jato Embraer do serviço até o final de abril, de acordo com uma carta do diretor executivo da companhia. Essa decisão é parte do plano de simplificar sua frota, passando a utilizar predominantemente aeronaves ATR 72-600.
Na carta vista pela BBC, o CEO Nico Bezuidenhout afirmou que “trabalhos de manutenção custosos” tornam “a saída do jato Embraer sensível ao tempo”. Bezuidenhout confirmou que a empresa está em processo de aluguel de aeronaves ATR 72-600 e Q400 para cobrir a ausência do jato Embraer.
Conforme informado, a Aurigny trabalha com a companhia aérea italiana Avanti Air para fornecer uma aeronave Q400 com 78 assentos, juntamente com dois ATR operacionais. Enquanto a aeronave da Avanti Air estiver operacional, o jato Embraer operará em um cronograma reduzido.
Bezuidenhout ainda salientou que “a terceira aeronave ATR de propriedade da Aurigny está programada para voltar ao serviço em meados de abril de 2024, sujeito à disponibilidade de peças e componentes”. Ao mesmo tempo, a empresa planeja alugar outro ATR, caso a aeronave propriedade da Aurigny fique fora de serviço por mais tempo do que o esperado.
As justificativas de Bezuidenhout para as recentes interrupções do serviço no primeiro trimestre de 2024 foram a corrosão encontrada nos reversores de empuxo da aeronave Embraer 195 da Aurigny e falhas no contrato com a Eastern Airways, que não entregou os serviços conforme contratado e foi, portanto, cancelado.
Embora admita que as dificuldades recentes de confiabilidade do serviço sejam lamentáveis, Bezuidenhout destacou que a Aurigny conseguiu aumentar o número de voos e de passageiros transportados em relação ao mesmo período do ano anterior.
Alan Sillett, presidente da Associação de Hospitalidade de Guernsey, pediu ao CEO da Aurigny para garantir aos passageiros que estarão livres de grandes interrupções pelo resto do ano. A Aurigny disse que não comentaria as opiniões de Sillett.
