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Flybondi quer voar no Brasil após abertura de capital, mas espera menos regulação

A companhia aérea argentina de baixo-custo Flybondi continua ativamente interessada em voos domésticos no Brasil, mas quer menos regulação para entrar de vez no mercado.

Divulgação – Flybondi

A Flybondi que já voa para o Brasil com voos internacionais saindo de Buenos Aires e já afirmou por diversas vezes o interesse de voar internamente no país. Agora, a empresa novamente afirmou os seus planos, que se forem concretizados devem se traduzir em voos domésticos brasileiros apenas em 2025.

Em entrevista à Bloomberg, Mauricio Sana, CEO da Flybondi, disse que a empresa tem no Brasil os seus planos após abrir capital na Bolsa de Nova York.

O plano de abertura de capital já está sendo executado na NASDAQ para que a empresa seja adquirida pela Integral Acquisition Corporation 1 através de um SPAC. Nesta modalidade, a Integral é uma empresa de propósito específico, que faz uma oferta pública inicial para levantar dinheiro para comprar a Flybondi e tornar ela uma empresa de capital aberto que será listada com o código “FLYB”.

Desta maneira, americanos e estrangeiros poderão comprar ações da companhia aérea argentina, que não é listada na Bolsa de Buenos Aires. Após a conclusão deste negócio e com mais dinheiro em caixa, a empresa deve voltar os olhos ao Brasil.

Nós queremos estar no Brasil e estamos trabalhando para anunciar nossa possível entrada no próximo ano. Mas agora estamos olhando nos problemas regulatórios, se esta barreira é reduzida, provavelmente iremos avançar, estamos trabalhando nisso“, afirmou o CEO.

Mauricio cita que as leis brasileiras de proteção ao consumidor são “agressivas” e que as multas frequentes paras as operadoras aéreas são um dos riscos de operar no Brasil.

No passado, ele já tinha falado das dificuldades da empresa no Brasil, que em um mês de operações no país já tinha recebido mais processos que desde que começou a voar na Argentina anos antes.

Hoje, o Brasil concentra o dobro de processos judiciais que a empresa tem quando comparado com as ações movidas na Argentina, mesmo a operação de voos internacionais para as cidades brasileiras sendo vinte vezes menor do que a operação doméstica argentina.

Ao contrário do que algumas mídias tradicionais afirmaram semanas atrás, a Flybondi não desistiu dos planos domésticos no Brasil e em nenhum momento isso foi falado pelo seu CEO ou outro membro da companhia. Por outro lado, a empresa teria uma desvantagem do que tem na Argentina considerando a regulação atual brasileira: ela cobra por check-in presencial e por malas levadas no bagageiro superior (bagagem de mão), e não poderia fazer isso no Brasil.

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