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Força Aérea dos EUA critica atrasos da Boeing com o avião KC-46

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Os contínuos atrasos do jato KC-46 fizeram com que a Força Aérea dos EUA criticasse em seu Twitter a Boeing, falando sobre risco de “planos de guerra”.

KC-46 reabastece um A-10 e é acompanhado de um F-16 | Robert Sullivan

A crítica foi publicada no perfil oficial do Comando de Transporte da USAF, a Força Aérea Americana, como você vê abaixo.

“Você sabia que, devido à idade da frota de aviões reabastecedores, a demora na produção do KC-46A e atrasos para estar totalmente operacional colocam em risco a habilidade da América de executar as operações do dia-a-dia e dos planos de guerra”.

O imbróglio com o KC-46, que é um derivado militar do Boeing 767-200ER, é antigo e data da época da sua licitação. Batizado de Pegasus, a aeronave foi selecionada no início do milênio numa polêmica de um contrato direto com a Boeing, que incluía leasing (aluguel de aeronaves) algo nunca feito nos EUA, e que no final se provou corrompido. Uma ex-executiva da Boeing, Darleen Druyun, acabou presa por corrupção nesse episódio.

Então, essa primeira seleção foi cancelada em 2006, sendo que no ano seguinte foi aberta uma licitação, onde a Airbus participou oferecendo o A330MRTT. No final, a Boeing foi escolhida, mesmo o A330 tendo alcance maior e maior capacidade de carga. Muitas pessoas falaram de um favorecimento da Boeing, ainda mais que o KC-46 não estava pronto.

O prazo original de entrega era 2016, mas só em 2019 a primeira aeronave foi entregue. Diversos atrasos durante a pré-produção e durante os testes operacionais ocorreram, dentre eles excesso de pressão na mangueira de reabastecimento, problemas elétricos e também com fornecedores.

Inclusive, o KC-46 tem o famoso MCAS, sistema que causou má-fama no 737 MAX, porque modifica o modo de voar do avião e pode interferir na atitude do piloto. Porém, o KC-46 tem esse sistema alimentado por duas fontes de informação, enquanto que o MAX tinha apenas uma.

Agora, a expectativa é que jato fique operacional apenas em 2023 e a taxa de produção máxima seja atingida em 2024, bem depois do que a USAF esperava. Não foi comentado sobre multas por atrasos no contrato.

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