Força Aérea mostra a operação após a chegada ao Brasil do Boeing 747 com o foguete sul-coreano

Partes do foguete sendo descarregadas do Boeing 747, em cena do vídeo abaixo

Como mostrado pelo AEROIN no último final de semana, entre os dias 3 e 4 de dezembro de 2022, um grande avião Boeing 747 esteve no Aeroporto Internacional de São Luís, no Maranhão, tendo vindo da Coreia do Sul para trazer o foguete HANBIT-TLV, desenvolvido pela empresa INNOSPACE, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Agora, nessa sexta-feira, a Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pelas operações no CLA, mostrou mais sobre os bastidores desse momento importante do Programa Espacial Brasileiro, como pode ser visto no vídeo a seguir e nas mais informações abaixo:

O equipamento foi trazido, da Coreia do Sul até São Luís do Maranhão, a bordo de um Boeing 747-400F fretado da companhia National Airlines e sua chegada mobilizou equipes da Força Aérea, da INNOSPACE, do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) e do Grupo CCR, concessionária que administra o aeroporto de São Luís.

O pouso chamou a atenção de várias pessoas que passavam pelo local para verem uma aeronave tão imponente no solo maranhense.

“É a primeira vez que um Boeing 747 pousa nesse aeroporto. Estamos diante de uma Operação importantíssima e que tem tudo para fazer história”, comentou o Controlador de Tráfego Aéreo, Sargento Ferreira Brito. (Nota editorial: há informações de que um Boeing 747 da VARIG já pousou em São Luís no passado, portanto, não seria a primeira vez).

Após serem descarregadas da aeronave, as partes do foguete, que somam mais de 8 toneladas, foram colocadas em 3 carretas para dar continuidade ao transporte, via ferry boat (balsa), até a cidade de Alcântara.

Imagem: DCTA

Depois de mais de 12 horas de trâmites operacionais e logísticos, o HANBIT- TLV finalmente chegou ao CLA, no Prédio de Preparação de Propulsores (PPP), local onde será integrado à carga útil brasileira Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

“A cadeia logística montada para atender a essa Operação é algo gigantesco e extremamente complexo, afinal, estamos trabalhando em um lançamento inédito. Esse ineditismo está na tecnologia propulsora do foguete, que é totalmente nova, e na sinergia entre uma empresa privada estrangeira e a Força Aérea Brasileira, principalmente por utilizarmos o veículo de outra nação para testar e qualificar um experimento nacional. Dentro desse processo, surgem muitos desafios, que já estão sendo superados, mostrando a viabilidade de uma Operação, espacial e comercial, a partir do CLA”, explicou o Diretor de Negócios da INNOSPACE do Brasil, Élcio Jeronimo de Oliveira.

Informações da Força Aérea Brasileira

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias