Fotos confirmam que o mais avançado caça russo em operação foi abatido na Ucrânia

Um dos mais avançados caças do mundo, e principal vetor de ataque em operação plena na Rússia, o Sukhoi Su-35S, foi abatido pela primeira vez e foto confirma o fato.

O caça é a última versão da família Flanker, consagrada na União Soviética e temida pelo ocidente, principalmente pela sua capacidade de manobra com motores de empuxo vetorado, que permitem curvas muito fechadas.

Em 2020, ao menos 50 caças do modelo já estavam na ativa, sendo considerados de “4º++ geração”, atingindo 2.500km/h de velocidade com altitude máxima de 65 mil pés (20 mil metros) e podendo carregar até 8 toneladas de armamentos em 12 pontos nas asas.

Por ser uma versão mais nova e disponível em menor quantidade, acreditava-se que ele estaria sendo poupado das missões na Ucrânia, que têm sido de grande risco para os russos.

Vídeos do governo russo, datados de 19 de março, mostravam o modelo em ação com as matrículas tampadas, algo que não acontecia antes da invasão da Ucrânia, mas nas imagens não estava claro se eles faziam treinamento ou se estavam em ação na guerra (abaixo).

O caça foi por muitos anos e ainda é o principal motivo de preocupação da OTAN na guerra aérea, mas como qualquer equipamento, tem suas vunerabilidades. Uma delas foi exposta neste final de semana, sendo que o caça foi abatido por forças ucranianas, provavelmente por um lança-míssil portátil.

Relatos de fontes próximas do governo ucraniano relataram que o piloto teria sido capturado logo após se ejetar na região de Kharkiv, uma com maiores atividades militares e com fortes confrontos. A Rússia, até o momento, não comentou o abate da aeronave, assim como tem feito nos outros casos passados.

As imagens estão disponíveis abaixo:

O caça e o brasil

Por curiosidade, vale o comentário de que o Su-35 participou da primeira fase de licitação do governo brasileiro para substituir o F-5E Tiger II, que já tem mais de 45 anos de operação. Ele foi eliminado e não seguiu para a próxima fase, que ficou apenas entre o francês Rafale, o americano Super Hornet e o sueco Gripen, que ganhou a disputa.

Dentre os motivos que levaram a FAB a não comprar o caça era seu preço e custo de operação acima da média (dado o tamanho da aeronave, que também não caberia nos hangaretes das bases no Brasil), diferença de software, filosofia e operação para os aviões que o Brasil operava, além da má-fama do pós-venda russo, que se comprovou com o helicóptero Hind.

Sukhoi Su-35S – Foto de Dmitry Terekhov
Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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