As tormentas causadas pelas greves de controladores de voo da França podem ser reduzidas em 2024 com uma nova lei.
As greves eram tão frequentes na França que no setor aeronáutico se tornava motivo de piadas, comparando a frequência da greve com a falência de alguma empresa aérea dentro de um ano ou algum acidente grave com avião russo.
Por ser um dos maiores países da Europa em termo de território, a greve de controladores de voo na França afeta todo o bloco europeu, mesmo voos que não pousem ou decolem no país, já que muitas rotas sobrevoam o território francês.
Esta cultura grevista incomodava muito os países vizinhos, assim como os passageiros e as companhias aéreas, mas no último dia 28 de dezembro de 2023 foi promulgada uma nova lei no Diário Oficial da França, como informa o noticiário RFI.
Agora, com a nova lei, não apenas os sindicatos deverão comunicar a greve 5 dias antes do início da paralisação, mas também cada controlador deverá informar individualmente se irá participar do protesto ou não, avisando ao menos 2 dias antes ao governo a sua adesão. Caso não faça isso, terá os dias cortados da folha de pagamento e poderá ser demitido por justa causa por falta de trabalho, excluindo seu direito à greve.
O plano do governo não é acabar de vez com as greves, algo tão usado na França, mas sim ter um planejamento melhor junto ao EUROCONTROL, que é o Controle Aéreo centralizado da Europa, que pode redirecionar pessoal e voos para minimizar os impactos, que chegaram a 11 milhões de passageiros em 2023.
