Frota da aérea russa Aeroflot começa a diminuir e a ficar mais velha

No início de abril deste ano, a frota da transportadora russa Aeroflot estava composta por 179 aeronaves, incluindo um único Superjet 100, jato regional produzido na Rússia, que inclusive não está mais em operação ativa, mas sim armazenado. O exemplar em questão tem registro RA-89042, número de série 95068 e foi entregue em dezembro de 2014.

Essa movimentação tem um motivo, já que a linha aérea principal Aeroflot, empresa-mãe do grupo, está repassando os SSJ para a Rossiya, uma de suas subsidiárias, a qual já conta com 77 aviões do modelo.

Apesar desse destaque para o SSJ, o que mais chamou a atenção na matéria do site ATO.ru, porém, foi a informação de que a frota da Aeroflot está reduzindo de tamanho em meio às sanções. No começo de abril, a frota da empresa tinha 179 aeronaves, contra 186 de doze meses antes, pouco depois da guerra com a Ucrânia começar.

Com menos rotas devido às proibições de sobrevoo na Europa e EUA, e sem ter acesso a peças de reposição para as aeronaves ocidentais, a redução do tamanho da frota era um movimento normal.

Outro fato importante é que a frota já começou a envelhecer e aumentou de 6 para 7,3 anos de idade média dos aviões. Esse número poderia ser bem menor, caso as fabricantes de aeronaves pudessem entregar novos modelos para a empresa russa, algo que as sanções hoje proíbem. Nos próximos anos, caso novas aeronaves fabricadas na Rússia não sejam incorporadas, a frota verá um envelhecimento contínuo.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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