Frota marítima de patrulha portuguesa recebe reforço com P-3C Orions oriundos da Alemanha

Divulgação – FAP

A capacidade da Força Aérea Portuguesa para realizar patrulhas marítimas e operações de guerra antissubmarino será aprimorada com a aquisição de novos aviões Lockheed Martin P-3C Orion usados, conforme anunciado por um oficial dos serviços.

Lisboa concretizou a compra de seis P-3C, além de um pacote robusto de peças sobressalentes e um simulador provenientes da Alemanha, que começará a substituir esses veteranos por uma nova frota de Boeing P-8A Poseidon a partir do final deste ano.

O Major General João Nogueira, diretor da diretoria de manutenção de sistemas de armamento da Força Aérea Portuguesa, confirmou que a modernização de cinco aeronaves P-3C já existentes está em andamento no Canadá.

Este trabalho, realizado pela General Dynamics Canada, foca principalmente na integração de um enlace de dados Link 16 e na capacidade de interrogação de amigo ou inimigo (IFF) Mode 5, além de atualizações em outros equipamentos.

Nogueira descreveu o pacote de peças sobressalentes adquirido de Berlim como “impressionante”, ressaltando que isso permitirá a Portugal operar as aeronaves por um longo período. “Foi uma boa oportunidade para nós manter e também aumentar o tamanho da frota,” declarou aos jornalistas na sede da Força Aérea em Lisboa, no dia 26 de março.

Já recebemos quatro aeronaves, e as duas últimas chegarão no final deste ano. Com certeza, isso nos colocará em um nível diferente de disponibilidade com a frota de P-3.”

O P-3 é extremamente relevante para Portugal, visto que o país possui um vasto oceano a ser vigiado e busca ser um parceiro significativo, especialmente dentro da OTAN. Como exemplo, Nogueira informou que a Força Aérea planeja enviar as aeronaves para operações no exterior no próximo mês, em apoio ao compromisso com a aliança militar ocidental.

“Nós queremos manter a relevância da plataforma para essas missões,” afirmou. “Com as peças que compramos, acreditamos que estaremos em boas condições para sustentar a frota.”

As aeronaves P-3C, operadas da Base Aérea de Beja, são pilotadas pelo 601º Esquadrão da Força Aérea Portuguesa. A empresa de análise de aviação Cirium registra que esses modelos têm estado em serviço operacional por até 42 anos, originalmente voados pela Marinha Real dos Países Baixos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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