Início Aviação Militar

Fuga de presídio em Mossoró movimenta aeroportos e PF faz ponte aérea com Brasília

Divulgação – Polícia Federal

A movimentação em torno da fuga do Presídio Federal de Mossoró mudou a rotina da região, e não apenas das cidades, mas também dos aeroportos.

Os bandidos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, ligados ao Comando Vermelho do Acre, empreenderam fuga da unidade prisional de segurança máxima em 14 de fevereiro de 2024.

Desde então, uma força tarefa com policiais militares estaduais, federais, da força nacional além de guardas civis, tem feito uma busca que já mobiliza 600 servidores públicos, com utilização de vários veículos, inclusive aeronaves.

Um levantamento inédito feito pelo AEROIN com dados da plataforma parceira RadarBox, que rastreia voos com tecnologia ADS-B, aponta um aumento significativo na movimentação aérea em dois aeroportos: Aracati e Mossoró.

Apesar da fuga ser na cidade do Rio Grande Norte, os presos tem se deslocado em direção ao Ceará, por isso resultando no uso do Aeroporto de Aracati, que também tem capacidade de receber o jato Embraer E175 da Polícia Federal, já que o de Mossoró está limitado para aviões da categoria 2C, como o ATR 42 e 72, sendo este limitado apenas para voos em condição visual.

Com isso, levantamos os dados de ambos os aeroportos e é notório o aumento de movimentação de aeronaves que não fazem voos regulares nas duas cidades, quando comparado com o mesmo período de 2023.

Em Mossoró, o aumento chegou a 200%, a depender da semana, e em Aracati, apesar da variação menor e menos voos, a variação é de até 100% em algumas semanas.

Outro detalhe interessante é a movimentação do único Embraer E175 da Polícia Federal em operação atualmente, o de matrícula PS-CAV. A aeronave fez ao menos 5 voos para Aracati desde o mês passado, levando principalmente policiais federais e da força nacional.

Vale destacar que os voos da Força Aérea Brasileira, feitos em sua maioria por aeronaves VC-99A e VC-99B (Embraer ERJ-135/145), que são do Grupo de Transporte Especial, o GTE, não aparecem nas informações do RadarBox.

Divulgação – FAB

Por serem aviões mais antigos, eles não são equipados com tecnologia ADS-B, o que prejudica em muito o rastreamento por portais civis. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, usou o VC-99 para fazer visitas e acompanhar a operação.

Segundo os dados divulgados pela FAB, foram realizados voos com autoridades para Mossoró nos dia 18 de fevereiro, no início da operação, além do voo mais recente quando a fuga completou 30 dias. Eventuais voos que levaram tropas não entram nos dados públicos que são disponibilizados pela Aeronáutica.

Sair da versão mobile