A Air Namibia se pronunciou sobre os relatos de veículos de mídia locais, referentes a um drama envolvendo seu presidente-executivo interino, Theo Mberirua, que teria sido feito de refém por funcionários descontentes. A transportadora de bandeira namibiana está em sérias dificuldades financeiras e enfrenta um pedido de falência no Supremo Tribunal do país.
Refém ou não
Há duas semanas, o jornal The Namibian informou que vários funcionários, descontentes com os salários não pagos, se recusaram a deixar Mberirua sair do seu escritório enquanto não pagasse o décimo-terceiro salário, fazendo-o de refém. Os trabalhadores, através do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes e Aliados da Namíbia (Natawu), disseram que o chefe executivo não tinha como garantir que o salário dos trabalhadores seria pago e isso teria desencadeado a revolta. Não houve violência.
Nos dias seguintes, um porta-voz da Air Namibia tentou desmentir o caso dizendo que “não havia essa história de o CEO ter sido mantido de refém ou qualquer coisa desse tipo, mas que o que ocorreu de fato foi uma reunião entre o CEO interino e os funcionários da Air Namibia”. De qualquer modo, a declaração da empresa pareceu dúbia.
“Entre os assuntos discutidos nesse encontro, estava o 13º salário a ser pago pelo empregador. A discussão foi frutífera e os funcionários receberam o pagamento. Todas as operações estão em andamento e a companhia aérea está atendendo suas rotas de acordo com a programação publicada”, disse a empresa.
Pedido de falência
Isso ocorre no momento em que a companhia aérea se defende um pedido de falência apresentado pelo liquidatário belga da extinta Challengair sobre pagamentos em atraso relacionados a uma dívida em um arrendamento de um Boeing 767-300ER.
O governo estava considerando um plano de recuperação de US$ 303,8 milhões para a Air Namibia, depois que a companhia aérea em outubro solicitou US$ 11,6 milhões para reiniciar as operações após perdas sofridas durante o COVID-19.
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