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Funcionários que produzem o A220 rejeitam a mais recente proposta contratual da Airbus

Divulgação – Pratt & Whitney

Os técnicos do A220 rejeitaram a mais recente proposta contratual da Airbus e buscam um melhor pagamento à medida que a fabricante de aviões trabalha para conter as perdas destes dias de greve. Os funcionários da fábrica da Airbus próxima a Montreal rejeitaram a última oferta, marcando a continuação de um processo de negociação que levou previamente ao alerta sindical de uma possível desaceleração das atividades pelos seus integrantes.

Segundo a Reuters, a divisão Local 712 da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais tem buscado melhor remuneração e benefícios enquanto a Airbus Canada tem procurado tornar o deficitário programa A220 lucrativo.

Durante a votação do dia 7 de abril, os membros da união rejeitaram, com uma margem de 99,9%, a última oferta da Airbus. Agora, eles já recusaram duas propostas, tendo rejeitado a proposta anterior da Airbus em 17 de março.

“Desde a reunião de 17 de março, fizemos a proposta da empresa evoluir em alguns pontos, mas ainda há alguns atrasos que não estão incluídos na segunda oferta”, diz o representante sindical, Eric Rancourt.

A Airbus produz o A220 em Mirabel, próximo à Montreal e também em Mobile, no Alabama. “O diálogo tem sido aberto e construtivo. No entanto, ainda há uma distância entre as demandas do sindicato e a atual capacidade financeira do A220, que ainda não atingiu o ponto de equilíbrio”, comenta a Airbus. “Estamos determinados em continuar o diálogo para que possamos encontrar juntos um acordo mutuamente aceitável, garantindo, ao mesmo tempo, o sucesso a longo prazo do A220”.

A Airbus e o sindicato mencionam que as negociações serão retomadas em 8 de abril. A atual vigência do contrato de trabalho iniciou-se em 2019 e venceu em 1 de dezembro do ano passado.

O sindicato afirma que o próximo acordo deve incluir um “aumento salarial” e benefícios de pensão compatíveis com o aumento do custo de vida. Também estão sendo negociados horários de trabalho, seguro, terceirização, segurança no emprego e duração do contrato.

A Airbus tem como meta produzir 14 A220 por mês até 2026 e tornar o programa lucrativo. No entanto, aumentar a produção tem sido um desafio; a companhia entregou uma média de menos de seis A220 por mês em 2023.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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