Fundação pede indenização de R$50 milhões ao acusar racismo no caso no avião da Gol

Uma fundação de direitos humanos está pedindo uma indenização coletiva sob alegação de racismo no caso ocorrido dentro de um avião da GOL Linhas Aéreas.

Cenas da situação que se desenvolveu no avião da GOL na semana passada

A Fundação Educafro Brasil está pedindo R$50 milhões de indenização coletiva moral da GOL pelo constrangimento causado a uma passageira negra, que foi retirada do avião pela Polícia Federal.

A passageira se envolveu em uma confusão sobre o despacho da sua mochila, que continha um notebook. Segundo a alegação, mesmo com a bagagem acomodada, a passageira foi retirada por ordem da tripulação e acusou a companhia de fazer isso por motivos racistas.

Segundo a Educafro, “nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, é possível o arbitramento de valor mínimo a título de indenização por danos morais coletivos, que se mostra devida considerando a violação injusta e intolerável a valores éticos fundamentais da sociedade, causando indignação na consciência coletiva”.

A Educafro Brasil compreende que “a GOL instituiu um ambiente hostil, com treinamento e liderança pautados pelo racismo estrutural, o que – ademais de constituir risco para a sociedade – acarreta risco pessoal para os próprios profissionais por ela arregimentado, desestimula e oprime o pequeno percentual de empregados negros da GOL e projeta internamente uma autopercepção geral de desvalor geral para esses profissionais”.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias