Um fundo de pensão dinamarquês diz que vai retirar todo seu investimento na companhia aérea húngara Wizz Air por supostas violações de “direitos humanos e trabalhistas”. A transportadora de baixo custo foi alvo de críticas por sua recusa em reconhecer os direitos dos trabalhadores, além de demitir os funcionários que tentaram se filiar a um sindicato.
Segundo a Reuters, AkademikerPension disse em um comunicado na segunda-feira que sua paciência chegou ao fim. O fundo havia escrito para a Wizz Air em dezembro, juntamente com 13 outros investidores, pedindo à companhia aérea que fizesse mudanças imediatas na maneira como tratava os funcionários.
“Após o diálogo com a administração da empresa, não tivemos certeza de que ela iniciará as mudanças que solicitamos”, explicou Jens Munch Holst, diretor da AkademikerPension. “Pelo contrário. Portanto, não vemos outra forma senão excluir a empresa”. Holst observou que a Wizz Air havia “exibido comportamento discriminatório e demitido funcionários por causa de sua filiação sindical”.
Em comunicado, a Wizz Air disse que leva “o envolvimento com seus funcionários muito a sério e estamos confiantes de que nossas estruturas e processos que foram implementados para apoiar o envolvimento aberto e transparente estão funcionando extremamente bem, incluindo nosso Conselho de Pessoas, que fornece um fórum para os funcionários discutirem questões importantes”.
József Varadi, executivo-chefe da Wizz Air, reconheceu publicamente que a companhia aérea é contra os sindicatos, dizendo que eles poderiam “matar o negócio”.