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Fusão das gigantes asiáticas Korean Air e Asiana encontra resistência na Europa

A Comissão Europeia informou a Korean Air da sua opinião preliminar de que a sua proposta de aquisição da Asiana pode restringir a concorrência nos mercados de serviços de transporte aéreo de passageiros e carga entre o Espaço Económico Europeu (EEE) e a Coreia do Sul.

A Korean Air e a Asiana são, respectivamente, a primeira e a segunda maiores companhias aéreas da Coreia do Sul. Eles operam uma rede de rotas domésticas e de curta distância na Ásia, bem como rotas de longa distância entre a Coreia do Sul e o resto do mundo.

Em fevereiro de 2023, a Comissão abriu uma investigação aprofundada para avaliar se a aquisição da Asiana pela Korean Air pode restringir a concorrência na prestação de serviços de transporte aéreo de passageiros e carga entre o EEE e a Coreia do Sul.

A Comissão conduziu uma ampla investigação para entender o impacto potencial do negócio. Esta investigação incluiu, entre outros, a análise de documentos internos fornecidos pelas partes e a coleta de informações e opiniões de companhias aéreas concorrentes, potenciais participantes do mercado e clientes.

Como resultado desta investigação aprofundada, a Comissão está preocupada que a transação possa: reduzir a concorrência na prestação de serviços de transporte de passageiros em quatro rotas entre Coreia do Sul e França, Alemanha, Itália e Espanha, e reduzir a concorrência na prestação de serviços de transporte de carga entre toda a Europa e a Coreia do Sul.

A Korean Air e a Asiana competem lado a lado no transporte de passageiros e carga entre o EEE e a Coreia do Sul. Juntas, elas seriam de longe as maiores transportadoras de passageiros e cargas nessas rotas e a fusão pode retirar uma alternativa importante para os clientes. 

Outros concorrentes enfrentam barreiras regulatórias e outras para expandir seus serviços e é improvável que exerçam pressão competitiva suficiente sobre a entidade resultante da fusão. A concentração pode, por conseguinte, conduzir a um aumento dos preços ou a uma diminuição da qualidade dos serviços de transporte aéreo e de passageiros.

O caso, portanto, ainda segue em discussão.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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