Auditores-Fiscais, há 72 dias em greve nacional, realizam, nesta terça-feira (30), fiscalizações minuciosas de bagagem, com apoio de equipes de repressão e cães de faro em pelo menos dez aeroportos, incluindo os maiores do Brasil, como Guarulhos, Brasília, Galeão, Confins, Viracopos, Recife, Fortaleza e Porto Alegre.
Um ponto de fronteira em Corumbá já confirmou adesão à iniciativa e outros estão sendo contatados para participar. Os Auditores não descartam a possibilidade de que mais operações desse tipo sejam deflagradas em breve.
A ação já havia sido implementada na semana passada em voos internacionais que passavam pelo aeroporto de Maceió. Em dezembro, a mesma ação gerou longas filas nos aeroportos do Rio de Janeiro, Confins, Viracopos, Porto Alegre e Guarulhos.
Desde o ano passado, filiados que atuam na Zona Primária estão em operação-padrão e, na última semana, suspenderam os desembaraços, mantendo apenas a liberação de medicamentos, alimentos, cargas vivas, perigosas e perecíveis.
Aeroportos da Operação-padrão Nacional Bagagem:
– Aeroporto de Porto Alegre, com apoio Direp 10
– Aeroporto de Brasília, com reforço da Savig e equipe K9
- Aeroporto de Confins, com apoio da Direp 06 e Equipe K9
– Aeroporto de João Pessoa
– Aeroporto de Corumbá / Posto Esdras, fronteira com a Bolívia
– Aeroporto do Galeão, com apoio da Direp 07
– Aeroporto de Viracopos, com apoio da Direp 08
– Aeroporto de Guarulhos, com apoio da Direp 08
– Aeroporto de Recife
– Aeroporto de Fortaleza, com apoio da Equipe de Vigilância e Repressão
– Aeroporto de Salvador, com apoio da Equipe de Vigilância e Repressão
Ato público
Mais de 150 Auditores-Fiscais de todas as regiões do país desembarcam esta semana em Brasília para o ato público marcado para a quarta-feira (31). Caravanas de cidades próximas também devem se juntar aos Auditores e às Auditoras-Fiscais para cobrar do governo a solução das demandas da categoria.
A Direção Nacional encaminhou ofício solicitando reunião com o ministro Fernando Haddad e com o secretário da Receita Federal (RFB), Robinson Barreirinhas. Até a manhã desta segunda-feira (29), o Ministério não havia respondido à solicitação.
Segundo informa o Sindifisco Nacional – Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil: “independentemente da reunião, a manifestação da quarta-feira será mais um recado para o governo de que a Receita Federal não irá retornar ao seu funcionamento normal sem a modificação do Decreto 11.545/2023, a fim de se retirar as travas que impedem o integral cumprimento do acordo firmado em 2016.“
Os delegados da 4ª e da 6ª Região Fiscal encaminharam, na última sexta (26), carta aos superintendentes informando a suspensão de algumas atividades em decorrência da não implementação do acordo de 2016, situação que eles classificam como “insustentável e desanimadora”.
De acordo com a carta, outras medidas podem ser tomadas enquanto durar a greve da categoria. Os delegados da 8ª e 9ª regiões, assim como os chefes de serviços da 5ª, já haviam assinado manifestos em apoio à greve.
Informações da Sindifisco Nacional
Leia mais