
A Gol Linhas Aéreas, companhia aérea brasileira, garantiu recentemente um financiamento de investidores não revelados enquanto trabalha para emergir da reestruturação sob o Capítulo 11 como uma empresa independente e bem capitalizada.
Em uma carta enviada aos acionistas no dia 24 de março, a Gol informou que conseguiu garantir $1,25 bilhão de dólares dos $1,9 bilhão de dólares em instrumentos de dívida que serão emitidos como parte de seu plano de reestruturação, embora não tenha fornecido detalhes adicionais sobre os investidores.
A companhia afirma que utilizará esses recursos para quitar dívidas no âmbito do processo de falência na corte dos Estados Unidos.
A Gol está explorando outras transações, incluindo a “emissão ou assunção de nova dívida” e potenciais investimentos em capital, considerando ainda oportunidades apresentadas por “investidores financeiros em potencial”.
De acordo com o plano, a companhia pretende reduzir sua dívida convertendo até $1,7 bilhão em dívidas financiadas em capital ou “extinguindo de outra forma” cerca de $850 milhões em outras obrigações.
Uma vez executadas, essas transações devem resultar em uma “significativa diluição” das ações em circulação da Gol. Em novembro, a companhia já havia anunciado um acordo de dívida por capital com o grupo Abra, seu investidor majoritário.
Os termos do acordo incluem a eliminação de até $2,55 bilhões em dívidas do balanço da Gol, com o grupo Abra recebendo cerca de $950 milhões em novas ações da empresa.
A Gol, com sede em São Paulo, formalizou seu processo de reestruturação financeira em janeiro de 2024, citando a necessidade de reestruturar sua dívida e enfrentar os desafios persistentes resultantes da pandemia de Covid-19. A companhia deverá divulgar seus resultados financeiros mais recentes no dia 28 de março.
Paralelamente ao plano de reestruturação da Gol, o grupo Abra está considerando uma possível fusão entre a Gol e a Azul, o que criaria a maior companhia aérea do Brasil.