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Comunicado interno tenta acalmar, mas GOL pode perder mais acordos

Boeing 737 GOL
Boeing 737 da GOL em Congonhas

A Gol Linhas Aéreas divulgou um comunicado interno que confirma o fim da parceria com a Delta, após a americana anunciar a compra parcial da Latam. O comunicado minimiza o fim do acordo de código de compartilhamento de voos (code-share) e diz que não terá impacto na empresa, já que representaria apenas 0,3% da receita total da Gol.

Outro ponto destacado é que os passageiros que já compraram as passagens dentro deste acordo terão os bilhetes honrados normalmente.

Fim da parceria também com a Aeroméxico, Air France, KLM e Virgin?

Airbus A330 da KLM e A350 da Delta em Amsterdã

Tal comunicado, certamente, vem para acalmar ânimos de parte dos funcionários e mercado após a notícia de ontem, e também para aquietar os rumores que aumentaram sobre o possível fim da parceria com a Air France-KLM, na qual a Delta é acionista com 10% das ações.

O mercado hoje também demonstrou dúvidas sobre o status da parceria da Gol com a Virgin Atlantic. A britânica, que chega no próximo ano ao Brasil, firmou recentemente um acordo de codeshare com a GOL, no entanto, a empresa é dividida entre a Delta e a Air France-KLM, que possuem respectivamente 49% e 31% do total das ações. A inquietação do mercado refletiu na Bolsa, resultando numa queda de 7% das ações GOLL4 às 17h00 desta sexta-feira.

Agora, de todos, o acordo mais certo de ser encerrado é com a Aeroméxico. Em 2017 a Delta aumentou sua participação na Aeroméxico de 17% para 49%, tornando-se sua principal acionista.

Acesso limitado aos EUA

Sem a parceria com a Delta, a Gol perde acesso ao mercado norte-americano, de modo que não será possível conectar mais passageiros em Miami ou Orlando, de onde a brasileira tem voos diretos para Fortaleza e Brasília. A notícia não vem em boa hora, já que estes voos seriam realizados pelo 737 MAX, que está paralisado. Sendo assim, a companhia colocou o 737-800 na rota, que precisa fazer parada em Punta Cana para reabastecimento.

A GOL pode ficar na mesma situação de anos atrás: atendendo os EUA apenas com escala e ficando limitada ao público que tem como destino final o sul da Flórida.

Veja nas matérias a seguir mais algumas implicações dessa reviravolta que a Delta provocou na aviação brasileira.

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