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Gol, Latam, ITA, Abaeté e Rima falam de necessidades e planos na aviação regional do Brasil

Na última quinta-feira, 4 de novembro, vimos que uma audiência da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados debateu com empresas aéreas a realidade da aviação regional do Brasil, ocasião em que foram apresentados os aspectos sobre os gargalos que impedem que este segmento do mercado aéreo seja tão desenvolvido em nosso país como é em muitos outros pelo mundo.

Na ocasião, o gerente de Relações Institucionais da Azul Linhas Aéreas, César Grandolfo, destacou, por exemplo, que, além do preço alto dos combustíveis, existe a dificuldade de atrair distribuidoras para locais mais remotos. “Para uma distribuidora nos atender, precisa fazer grandes investimentos. Só que os aviões são pequenos, têm baixo consumo. É um investimento muito alto, não atrai interessados.”, declarou.

Agora, a Associação Brasileira das Empresa Aéreas (ABEAR) nos traz também alguns aspectos apresentados por companhias aéreas que são suas associadas e participaram da audiência: Gol, Latam Brasil, Itapemirim, Abaeté e Rima.

GOL

O assessor da presidência da GOL, Alberto Fajerman, destacou que o crescimento do segmento regional tem duas formas principais de estímulo: o incentivo fiscal e programas de subsídio.

“Temos que ter empresas regionais sustentáveis, com voos confiáveis e com isso sim vamos desenvolver uma boa aviação regional, como o Brasil merece.”, afirmou Fajerman.

LATAM

O diretor comercial da Latam Brasil, Diogo Elias, ressaltou a retomada da companhia após a pandemia e ampliação do número de destinos atendidos no Brasil, que chegará a 56 no primeiro trimestre de 2022.

“A gente tem uma frota que não permite chegar em todos os aeroportos do Brasil, mas permite chegar em mais aeroportos do que estamos operando hoje, que é o que estamos buscando. Esse aumento de conectividade vem nessa onda de uma melhor eficiência e da busca de mais opções para os passageiros.”, afirmou.

ITAPEMIRIM

O projeto de ampliar a malha para o maior número de cidades também foi destacado pelo conselheiro da Itapemirim, Ricardo Bezerra. O executivo comentou sobre o projeto da companhia de ter uma malha que conecte cada capital a pelo menos três cidades do estado, além de criar uma integração entre os modais aéreo e rodoviário.

“A ITA acredita que a aviação regional tem tudo para crescer e ser integrada ao nosso modal rodoviário, que já atende 2,7 mil cidades.”, afirmou.

ABAETÉ

O sócio-diretor (COO) da Abaeté, Tiago Tosto, falou sobre os custos indexados ao dólar do setor, reiterando a relação da aviação regional para as atividades econômicas em cidades do interior.

“Se a gente não conectar o Brasil, com tamanha extensão territorial, não teremos capacidade de crescimento do próprio PIB. Então, de fato, a aviação regional é determinante para o crescimento do país.”, disse.

RIMA

A Rima, empresa com atuação na região Norte do país, foi representada pelo CEO Gilberto Scheffer, que ressaltou as dificuldades das empresas regionais com custos e a importância de estabelecer parcerias com grandes empresas.

“Chegamos a operar voos regionais para o interior de Rondônia e paramos por algumas situações, como preço de combustível e um sistema ruim de venda de passagens. Daí a importância de ter estas alianças com grandes empresas, pois elas vendem bem, têm sistemas bons e que conversam com outros sistemas.”, finalizou.

O encontro na Câmara foi uma solicitação do deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), que afirmou que a Comissão de Turismo pretende, com essa audiência pública, “ouvir de todos os players o que este parlamento pode fazer para contribuir para melhorarmos a aviação no Brasil.”

Com informações da ABEAR e da Câmara dos Deputados

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