A GOL Linhas Aéreas anunciou hoje, 29 de abril, seu resultado operacional consolidado do primeiro trimestre de 2021 (1T21), detalhando também suas iniciativas contínuas em resposta à pandemia. Afetada pela nova onda da Covid-19, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 892 milhões no período. Veja a seguir mais detalhes.
Tendências do Trimestre
Segundo a companhia, o 1T21 foi marcado por três tendências relevantes para a retomada do crescimento da GOL no futuro próximo:
A primeira delas refere-se à fusão entre a GOL e a Smiles, cuja aprovação foi concedida pelos acionistas nas respectivas assembleias extraordinárias de 24/03/21. Essa transação deve proporcionar sinergias operacionais e financeiras para ambas as empresas que podem ultrapassar R$400 milhões por ano, principalmente por meio da gestão mais dinâmica do estoque de assentos, da unificação das ações de marketing, de otimização da gestão dos yields e de maior eficiência tributária.
“Os acionistas da GOL e da Smiles reconhecem o alto potencial de geração de valor das entidades integradas, bem como o diferencial gerado pelas sinergias na maximização do desempenho competitivo do Grupo,” disse Paulo Kakinoff, Diretor-Presidente. “A transação será autofinanciada pela própria geração de caixa da Smiles, e possui significativos benefícios quanto a potenciais sinergias operacionais, financeiras e fiscais que não estavam disponíveis na configuração de empresas apartadas”.
A segunda tendência importante contempla a segunda onda da pandemia de Covid-19 no Brasil, que atingiu seu pico no final de março. Essa situação, combinada com o início da baixa temporada, interrompeu o processo de recuperação do mercado no primeiro trimestre. A GOL utilizou de sua flexibilidade e reajustou a malha aérea em resposta à menor demanda, protegendo o balanço e a liquidez.
“Desde o início da pandemia, a Companhia mantém a agilidade necessária para ajustar sua oferta de acordo com as oscilações de demanda, e isso permanece como nosso diferencial. Felizmente, já estamos constatando um declínio promissor nessa segunda onda de casos de Covid-19, com a taxa de transmissão do vírus no Brasil caindo abaixo de 1 pela primeira vez desde novembro/20″, comenta Kakinoff.
“A GOL tem observado a correspondente retomada da recuperação das vendas de passagens ao longo das últimas semanas. Tendo por base a experiência de outras empresas aéreas nos EUA e Reino Unido, países que estão mais avançados que o Brasil no ritmo de vacinação, nós esperamos que o Programa Nacional de Imunização impacte positivamente na normalização da demanda por transporte aéreo no Brasil”, adicionou Kakinoff.
A terceira tendência é o compromisso de longo prazo da Companhia com a sustentabilidade. Segundo a empresa, isso é um componente chave no combate aos efeitos da pandemia e é um direcionador estratégico para perpetuidade e crescimento do negócio no futuro próximo.
A GOL descreve que segue comprometida em permanecer na liderança de sustentabilidade e está focada em alcançar emissões líquidas zero de carbono em 2050. Recentemente, a Companhia expandiu a transparência de seu reporting de ESG (Ambiental, Social e Governaça), incluindo informações detalhadas de métricas SASB e TCFD e, pela primeira vez, uma subseção específica para projeções em seu website de Relação com Investidores (RI).
Ao adotar esses padrões e fornecer informações relevantes adicionais ao público em geral, a GOL busca reforça a transparência e a responsabilidade com seus stakeholders.
Sumário dos Resultados do 1T21
• O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) reduziu 43,8% comparativamente ao 1T20, totalizando 5,6 bilhões;
• O Assento-Quilômetro Ofertado (ASK) diminuiu 43,8% em relação ao 1T20;
• A GOL transportou 4,495 milhões de Clientes no trimestre, uma redução de 46,1% versus o 1T20;
• A receita líquida foi de R$1,6 bilhão, uma queda de 50% em relação ao 1T20. As outras receitas (principalmente cargas e fidelidade) totalizaram R$151 milhões, equivalente a 9,7% das receitas totais;
• A Receita Líquida por Assento-Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 22,40 centavos (R$), redução de 11,3% em relação ao 1T20. A Receita de Passageiros Líquida por Assento-Quilômetro Ofertado (PRASK) foi 20,24 centavos (R$), queda de 14,2% em relação ao 1T20;
• O EBITDA ajustado e o EBIT ajustado foram de R$354 milhões (margem de 23%) e R$208 milhões (margem de 13%), respectivamente, e refletem o resultado do gerenciamento racional e responsável da GOL quanto a oferta em relação à demanda; e
• O prejuízo líquido após participação de minoritários foi de R$892 milhões, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não recorrentes, ganhos relacionados a Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls.
Desempenho Operacional e Financeiro
Indicadores operacionais:
• Yield médio por passageiro de 25,33 centavos (R$), redução de 14% em comparação ao 1T20, principalmente em função dos efeitos do enfraquecimento na demanda de lazer devido a: segunda onda de Covid-19 e o início da baixa temporada, a ausência da demanda de passageiros corporativos, e a reconfiguração da malha da Companhia, concentrando e distribuindo as operações via seus hubs e, por consequência, aumentando a etapa média dos voos;
• Taxa de ocupação média de 79,9%, uma redução de 0,1% em relação ao 1T20, principalmente em decorrência da mais prudente gestão de oferta da indústria, adicionando capacidade em equilíbrio com os sinais da demanda e o data analytics da GOL;
• Utilização de aeronaves de 9,7 horas/dia, uma evolução de 9,0% em relação ao 4T20, consistente com a redução da capacidade para a adequação à menor demanda no 1T21; e
• Pontualidade de 96,3%, um aumento de 3,7% em comparação com o 1T20, de acordo com a Infraero e dados fornecidos pelos principais aeroportos.
Custos: o Custo por Assento-Quilômetro Ofertado (CASK) foi de 27,34 centavos (R$), 54% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior para bases nominais, e 22% maior excluindo a variação cambial entre os períodos. No trimestre, os custos incorridos estritamente relacionados aos voos operados (CASK ajustado) corresponderam a 19,42 centavos (R$).
Em relação ao 1T20, reflete um aumento de 9,5% em bases nominais e queda de 13,4%, excluindo a variação cambial entre os períodos, e demonstra o contínuo foco da Companhia em readequar sua estrutura de custo unitários a patamares inclusive mais eficientes, quando comparado ao período pré-pandemia, tendo convertido seus principais custos fixos de folha de pagamento e de frota em componentes de custo variáveis.
A sustentação do CASK em patamares próximos ao 4T20, mesmo com uma capacidade 9% menor, reflete os benefícios do programa de redução de custo implementados pela GOL durante 2020.
Margens: o EBIT ajustado foi de R$208,3 milhões, correspondendo a uma margem de 13,3%, o que demonstra o restabelecimento das margens operacionais necessárias para suportar o crescimento da operação. O EBITDA ajustado atingiu R$353,8 milhões, com margem de 22,6% evidenciando os bem-sucedidos esforços de sustentabilidade, com equilíbrio entre oferta e demanda.
Leasing de aviões: durante o primeiro trimestre, a GOL manteve a flexibilidade pela vigência de seus contratos de pagamentos mensais fixos permanecendo-se variáveis (power-by-the-hour). Os acordos firmados pela GOL com seus arrendadores permitem a extensão no prazo dos diferimentos de forma a serem ajustados proporcionalmente à recuperação da capacidade durante o ano de 2021, possibilitando um menor volume de pagamentos.
A gestão eficiente dos contratos de arrendamento permitiu que a Companhia registrasse o menor endividamento de sua frota perante seus pares locais e com o menor compromisso de dólares por aeronave.
Liquidez: como resultado de sua rápida resposta na adequação da capacidade aos níveis de demanda, a GOL passou de um consumo de caixa durante os meses de janeiro e fevereiro para a neutralidade de entradas e saídas de caixa em março, e encerrou o 1T21 com um patamar de R$1,8 bilhão em liquidez.
Nesse trimestre, a Companhia efetuou pagamentos de R$467,5 milhões relacionados a dívidas, composto por R$123,5 milhões de principal e R$215,5 milhões de pagamentos de juros oriundos de empréstimos e financiamentos, e amortizações de R$128,5 milhões de pagamentos de principal e juros relacionados às obrigações com arrendamento.
A relação dívida líquida (excluindo as Exchangeable Notes e os bônus perpétuos) sobre EBITDA UDM ajustado foi de 11,4x em 31/03/21, representando a menor alavancagem entre seus pares.
Comentários da Administração sobre os Resultados
Experiência do Cliente e Segurança Pessoal: O Net Promoter Score (NPS) da GOL foi de 38 no trimestre, uma sólida métrica resultante do produto best-in-market e do elevado engajamento da equipe de atendimento ao Cliente.
Pela quarta vez, e pelo terceiro ano consecutivo, a GOL foi eleita pelo prêmio Top of Mind como a empresa aérea mais lembrada do país. “Os investimentos em nosso produto e na experiência do Cliente, ao longo dos anos, viabilizaram inovações tecnológicas voltadas à simplificação e à melhoria do processo para viajar com a GOL”, disse Eduardo Bernardes, Diretor Vice-presidente Comercial, Marketing e Clientes.
Em março, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) liberou os termos e condições estabelecidos pela parceria comercial entre a GOL e a American Airlines, um importante passo para a recuperação internacional, trazendo mais produtos, serviços e inovação para o corredor aéreo EUA-Brasil, além da melhor conectividade e experiência do Cliente nos principais hubs brasileiros.
Sustentabilidade como direcionador estratégico: a GOL está comprometida em zerar suas emissões líquidas de carbono até 2050 por meio da utilização de alternativas sustentáveis de combustível de aviação, ou SAFs (Sustainable Aviation Fuels) e por melhorias operacionais e técnicas que reduzem as emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa), alinhado às diretrizes da IATA e do Esquema de Compensação e Redução de Carbono para Aviação Internacional (CORSIA).
As projeções para os próximos três anos e a agenda de atividades para chegar ao zero líquido em 2050 podem ser encontradas na seção ESG expandida do site de RI da Companhia.
“Esperamos incentivar a indústria de transporte aéreo como um todo a enfrentar questões ambientais, sociais e de governança, para torná-la mais sustentável e transparente”, comentou Eduardo Bernardes. “Paralelamente, estamos trabalhando na construção de uma política sustentável mais robusta, além de liderar os avanços tecnológicos e de infraestrutura, necessários para permitir a transição para um futuro de baixo carbono”.
Vendas: no primeiro trimestre, as vendas brutas consolidadas atingiram aproximadamente R$1,6 bilhão. As vendas médias diárias da GOL foram de R$ 18 milhões, as quais representam cerca de 54% dos níveis de venda pré-pandemia.
O início do trimestre foi bastante positivo para a Companhia, que capturou a retomada após a “primeira onda” de Covid-19. Inclusive, no mês de janeiro, a GOL atingiu um novo recorde de passageiros transportados desde o início da pandemia, com mais de 93.000 Clientes atendidos em um único dia.
No entanto, devido ao declínio na demanda por viagens, decorrente do aumento de casos de Covid-19 no Brasil, combinado com a transição para o período de baixa temporada, foi registrada queda de 25% na busca por passagens aéreas da Companhia em relação ao 4T20, com uma redução de 53% no volume de vendas diárias no período.
Smiles: as receitas da Smiles no 1T21 reduziram 11,8% para R$151,1 milhões. O resultado operacional no 1T21 reduziu R$19,6 milhões, para R$58,9 milhões, principalmente devido à diminuição no volume de milhas resgatadas pelos participantes do Programa de Fidelidade e às restrições a viagens causadas pela pandemia de Covid-19.
A margem operacional foi de 38,9%, e o lucro líquido no 1T21 foi de R$47,7 milhões, uma redução de R$8,6 milhões em relação ao 1T20.
Cargas: A GOLLOG lançou o Super Expresso em janeiro/21, serviço que permite a entrega de encomendas no mesmo dia, utilizando a capilaridade e o alcance nacional da malha aérea eficiente da Companhia.
Em fevereiro/21, a GOLLOG firmou parceria com o grupo Comporte, formado pelas empresas Tex, União, Itamarati, Cruz e Elux, para incrementar serviços de entrega multimodal e fortalecer o conceito de “última milha”, unindo a eficiência do transporte rodoviário com a capilaridade da malha da Companhia.
Ajuste de malha e frota: comparativamente ao 4T20, a GOL reduziu as operações diárias em 10%, oferecendo em média 364 voos por dia no 1T21, para servir 159 mercados. Isso representa 53% da frequência diária do 1T20, sendo que 144 desses mercados são operados pela Companhia e 15 via parceiros da GOL, que incluem as bases Passo Fundo (PFB), Joinville (JOI), Juiz de Fora (IZA), Presidente Prudente (PPB) e Cabo Frio (CFB), operadas na alta temporada pela GOL.
A Companhia permanece atenta às determinações dos governos de outros países e ao comportamento da demanda para atuar novamente com sua malha internacional.
A GOL encerrou o 1T21 com uma frota total de 127 B737s, sendo 8 MAX e com 77 aeronaves em operação, uma redução de 13 aeronaves comparativamente ao final de dezembro/20.
“A adequação da capacidade à demanda sempre foi um diferencial competitivo da nossa gestão de frota. A Companhia foi a aérea que mais devolveu aeronaves nos últimos anos entre os seus pares regionais, o que evidencia nossa flexibilidade de atender quase instantaneamente as condições mercadológicas da demanda”, disse Celso Ferrer, Diretor Vice-presidente de Operações.
“Grande parte das devoluções de aeronaves ocorreram de forma orgânica, visto que seguiram nosso cronograma de renovação, que prevê o retorno de aeronaves NGs e recebimento de 737 MAXs. Com isso, conseguimos equilibrar melhor nossa oferta sem a necessidade de pressionar as tarifas unitárias para poder diluir a pressão de custos no caso de excesso de aeronaves na frota. Também, não enfrentamos as mesmas preocupações de nossos competidores com complexidade de frota ou exposição de aeronaves de grande porte exclusivamente destinadas para mercados específicos. Durante a pandemia, continuamos na liderança da indústria em gestão da capacidade, mantendo altos níveis de taxa de ocupação, consistentes com o período pré-pandemia”, complementa o Diretor.
Liquidez e obrigações financeiras: em 31/03/21, o endividamento de curto prazo da Companhia era de R$2,3 bilhões, sendo que aproximadamente R$1,5 bilhão corresponde a empréstimos para capital de giro com bancos locais e 300 milhões de reais com provedores de financiamentos aeronáuticos.
Além disso, a Companhia preserva a capacidade de seu programa de garantias reais (collateral pool), que teve utilização parcial para a emissão das Secured Senior Notes 2026 ao final de dezembro/2020, e que possui potencial de geração adicional significativa de liquidez.
A fusão com a Smiles aumenta a capacidade creditícia da GOL e, uma vez que a transação se complete, o programa de milhagem pode ser utilizado como um ativo não onerado para geração adicional significativa de liquidez, se necessário.
Considerando os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da Companhia superam R$5 bilhões. O prazo médio de vencimento da dívida de longo prazo da GOL, excluindo arrendamento de aeronaves e notas perpétuas, é de aproximadamente 3,2 anos, com as principais obrigações já endereçadas no fluxo de caixa da GOL.
“Temos obtido um incrível suporte de nossos principais parceiros lessores e provedores de capital de giro que tem apoiado o reequilíbrio de nossos compromissos financeiros, em conformidade com nosso volume de capital de giro,” disse Richard Lark, Diretor Vice-Presidente Financeiro.
Durante o trimestre, a GOL honrou integralmente os pagamentos de juros de suas dívidas de mercado de capitais no valor de R$215 milhões e utilizou aproximadamente R$230 milhões de seu caixa restrito para amortização de dívidas de capital de giro que ultrapassaram os limites de crédito com os bancos locais em função da desvalorização cambial do período.
Adicionalmente, o patamar de contas a receber reduziu R$197 milhões quando comparado ao final do 4T20 em função da redução temporária do nível da oferta que reflete o menor volume de vendas futuras (forward bookings), e que se mantido o nível de recebíveis do 4T20, resultaria em uma liquidez estável.
“Mesmo em um ano atípico, a Companhia se destaca entre as poucas empresas aéreas mundiais que amortizaram mais de R$4,1 bilhões de dívidas desde o início de 2020, por meio da sua gestão disciplinada de liquidez e extração de valor de seus ativos correntes. Essa estratégia permite que a GOL foque em crescer com rentabilidade sua operação de forma mais eficiente, com um balanço mais fortalecido e menos passivos operacionais e financeiros, comparativamente aos seus concorrentes”, concluiu Lark.
Resposta à Pandemia e Retomada das Viagens
Desde o início dessa crise, a GOL tem administrado seus negócios de maneira ágil e conservadora, de forma a garantir, além da segurança de Clientes e Colaboradores, a sustentabilidade financeira para o momento de retomada da demanda. Nessa nova fase da pandemia, a Companhia tem preservado seu balanço patrimonial a partir das seguintes iniciativas:
• Controle dos custos variáveis da operação, por meio da gestão prudente da capacidade, adequando-se aos atuais patamares de demanda reduzida e maximizando a utilização das aeronaves 737 MAX no mercado doméstico de longa etapa média;
• Ajustes nos custos relacionados a folha de pagamento, por meio de novas renegociações sindicais, que compreendem a extensão da redução de jornada e salários, além de outras suspensões de contratos de trabalho;
• Renegociações com os principais fornecedores essenciais para a obtenção de novas extensões de passivos operacionais e de pagamentos correntes;
• Renegociação com os lessores para extensões de prazo nos diferimentos de pagamentos e manutenção, em seus contratos de arrendamentos, dos componentes de custo variável em parte da frota (power-by-the-hour);
• Redução dos investimentos em Capex de manutenção de motores por meio da redução da capacidade durante o período, de forma a reduzir a utilização de caixa para a frota corrente;
• Manutenção da exposição de crédito e obtenção de rolagens nas dívidas de capital de giro (debêntures e Finimps) com os principais bancos parceiros brasileiros para reduzir o fluxo de caixa financeiro; e
• Cortes de investimentos não essenciais e priorização de projetos que gerem rentabilidade no curto prazo.
As principais iniciativas da Companhia para a preparação da retomada da demanda por viagens e a recuperação no mercado de transporte aéreo são:
• Saúde e Segurança dos Colaboradores e Clientes: A GOL foi a primeira empresa aérea a receber a Certificação do Einstein para chancelar os protocolos de Segurança e Saúde adotados pela Companhia. Nesse processo, a GOL mapeou, avaliou e ajustou os seus já rígidos protocolos de sanitização.
• Em março, a Companhia foi a primeira aérea brasileira a receber a certificação com crédito de performance de atrito no pavimento novo da pista do aeroporto de Congonhas (CGH), pela ANAC, possibilitando que ela opere naquele aeroporto com menos restrições em dias de chuva.
Kakinoff comentou: “Desde o início da pandemia, nota-se uma alta correlação entre a recuperação da demanda com a redução na curva de casos de Covid-19, similar ao comportamento nos meses de agosto e setembro do ano passado e como observado no ritmo de retomada da demanda doméstica de países europeus e Estados Unidos, que estão com os respectivos cronogramas de vacinação mais avançados que o Brasil. Portanto, a Companhia espera que, à medida que a curva de contágio comece a inverter, combinado ao reaquecimento do PIB brasileiro, será possível observar uma aceleração nos principais indicadores GOL: busca e vendas de bilhetes.”
Considerações para o 2º trimestre de 2021 (2T21)
Sinais de retomada na demanda: Após a queda na demanda por viagens no 1T21 decorrente da “segunda onda” de casos de Covid-19 no Brasil, a Companhia já observa sinais de recuperação. A terceira semana de abril registrou aumento de 4% nas vendas em relação ao mesmo período de março/21.
O avanço no Programa Nacional de Imunização também impactará positivamente na normalização dos mercados, a exemplo do que é observado na América do Norte e na Europa. A GOL está planejando ter de 4 a 5 vezes mais decolagens no 2T21, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Capacidade: A GOL segue ajustando a sua malha aérea para manter seus os altos índices de ocupação e rentabilidade. O cenário atual de planejamento de capacidade assume uma redução de 39% no 2T21 em relação ao 1T21.
Atualmente as operações estão entre 185 a 200 voos/dia com 47 aeronaves, quatro vezes maior quando comparado à “malha essencial” de abril/20. A Companhia também suspendeu temporariamente as operações nas bases de Caldas Novas (CLV), Campina Grande (CPV), Caxias do Sul (CXJ), Dourados (DOU), Jericoacoara (JJD), Londrina (LDB), Montes Claros (MOC), Sinop (OPS) e Uberlândia (UDI).
Após devolver uma aeronave B737-800 arrendada no 1T21, a GOL planeja devolver outras cinco aeronaves no 2T21. Do início dessa crise até o final de abril/21, a Companhia diminuiu sua frota em 17 aeronaves Boeing 737 arrendadas, assim como reduziu em 33 aviões os recebimentos de 737 MAX previstos para 2021-2022.
Para o 2T21, a Companhia espera operar uma média de 63 aeronaves, enquanto mantém os custos de pessoal em sua posição reduzida, entre 40% a 50% dos patamares pré-pandemia.
Equilíbrio de fluxo de caixa: Com base em premissas conservadoras e promovendo o necessário “casamento” de ativos e passivos neste ambiente de baixa demanda, a Companhia vem implementando medidas para minimizar o consumo líquido de caixa e manter o equilíbrio de seu fluxo de caixa operacional.
Para o 2T21, espera-se a reversão da tendência negativa da “segunda onda” da Covid-19 para uma curva de recuperação na demanda e nível de vendas, que poderá inclusive antecipar a tradicional retomada da alta temporada de julho. Combinado com a rebalanceamento responsável e equilibrado no patamar da capacidade, a GOL estima a manutenção de um consumo líquido de caixa neutro na operação, excluindo passivos.
Liquidez: A GOL espera encerrar o 2T21 com R$4,2 bilhões em liquidez após a incorporação da Smiles e a amortização integral de sua principal dívida amortizável. A dívida líquida ajustada deverá ser da ordem de R$14,8 bilhões em 30/06/21.
“O apoio contínuo dos nossos stakeholders é fundamental para assegurar a manutenção dos recursos disponíveis para a Companhia atravessar essa crise,” concluiu Richard.
Aumento de capital: a GOL está iniciando um aumento de capital de até aproximadamente R$512 milhões, ancorado e liderado pelo seu acionista controlador, os irmãos Constantino. O acionista controlador informou ao Conselho de Administração da Companhia que pretende adquirir ações preferenciais da GOL (GOLL4) até seu valor pro rata.
Todos os acionistas têm direito de preferência para subscrever ações no aumento de capital, proporcionalmente às suas respectivas participações na Companhia. Os detentores de ações ordinárias da GOL têm direito de preferência para subscrever ações preferenciais, ajustado na proporção de 35 ações ordinárias para 1 ação preferencial.
“Essa transação é uma demonstração da confiança inequívoca dos acionistas controladores nas perspectivas da GOL e seu compromisso de longo prazo com o sucesso da Companhia”, comentou Kakinoff.
Para acessar estes e todos os demais dados da GOL na íntegra, você pode baixar o comunicado clicando aqui.