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Governo de Alagoas embarca criança em avião aeromédico para cirurgia em São Paulo

Foto: Governo de Alagoas

O Governo de Alagoas irá assegurar o tratamento de uma criança de apenas um ano de idade, natural de Igaci, no Agreste alagoano, que nasceu com uma cardiopatia congênita complexa, denominada de Tetralogia de Fallot, além de má formação da laringe e estreitamento da via aérea inferior.

Para isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) custeou o transporte aéreo, que ocorreu no início da noite deste sábado (29), com destino a São Paulo, além da internação e os procedimentos cirúrgicos que irão ocorrer no Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista.

A criança estava internada no Hospital da Criança (HC), no bairro Jacintinho, em Maceió, vinculada à Sesau, e deixou a unidade depois que o Governo de Alagoas assegurou um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em São Paulo. O traslado ocorreu em uma aeronave equipada com UTI aérea, que decolou do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares por volta das 18h10.

A ação assistencial em caráter emergencial foi coordenada pelo próprio secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, que recebeu a incumbência do governador Paulo Dantas, depois que os pais da criança procuraram o Governo do Estado. Após se inteirar sobre o caso, Gustavo Pontes determinou que a Central Estadual de Regulação de Leitos adotasse todos os esforços para assegurar o traslado, a internação e as cirurgias em hospital especializado.

“Nossa missão, desde que assumimos a Sesau, é atuar para assegurar o acesso da população aos serviços de saúde, conforme determinação do governador Paulo Dantas. Temos trabalhado para expandir a rede hospitalar do Estado e implantar serviços que não existem na saúde pública de Alagoas. Entretanto, quando algum paciente, seja criança, adulto ou idoso, precisa de assistência fora do nosso território, não medimos esforços para assegurar o tratamento, conforme já fizemos em diversas oportunidades”, salientou o secretário.

Expectativa 

Pais de primeira viagem, Letícia Oliveira e Caio Santos relataram que só descobriram a cardiopatia da filha após o nascimento da bebê.

“Sentimos que ela tinha algo diferente. Quando chorava apresentava cansaço e, por isso, procuramos atendimento médico para descobrir o que ela estava passando. Após serem realizados exames, descobrimos a cardiopatia congênita e ela foi internada. Aos três meses ela foi diagnosticada com um anel vascular, onde foi necessária a troca de hospital para seguir o tratamento adequado. Após cirurgia para correção do anel vascular, ela precisou corrigir o esôfago e, graças a Deus, tudo foi um sucesso”, relatou a mãe da criança.

Ainda de acordo com Letícia Oliveira, desde o nascimento da filha, a pequena foi submetida a 11 procedimentos cirúrgicos e teve seis paradas respiratórias.

“Devido a todas essas cirurgias nós fomos transferidos para Recife, para que ela fizesse a correção paliativa do coraçãozinho. Mas os médicos acharam muito delicado, já que ela terá que fazer a cirurgia de correção total futuramente e, por isso, decidiram colocar um stent no coração para que as crises cessem até que ela possa passar pelo procedimento de correção total do coração. Minha filha é uma menina muito guerreira, uma vitoriosa. Acho que a gente não aguentaria metade do que ela já passou”, salientou a mãe da criança.

Minutos antes da viagem para São Paulo, o pai da bebê, Caio Santos, não escondia a emoção e a esperança de ver a família poder ir para casa junta pela primeira vez. “Desde que nossa filha nasceu, ainda não voltamos para casa como uma família. Ela ainda não conheceu seu quarto, sua casa, nem nossos familiares a conhecem pessoalmente. Agora, vamos para mais essa batalha e tenho fé que em breve estaremos juntos na nossa casa”, ressaltou ele.

Entenda o Caso

A criança nasceu com o diagnóstico de várias doenças, como cardiopatia congênita complexa, denominada de Tetralogia de Fallot, além de problemas nas vias áreas, como má formação da laringe e estreitamento da via aérea inferior, além de Síndrome de Di George, caracterizada como um distúrbio genético devido a um defeito no cromossoma 22. Desde o seu nascimento, no ano passado, a criança vem recebendo assistência integral da Sesau.

Informações da Secretaria de Saúde de Alagoas

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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