A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) está concluindo o processo que levará à redução da classificação de segurança da aviação mexicana, medida que impedirá às companhias aéreas mexicanas de operarem novos voos nos Estados Unidos.
A medida também limitará as joint ventures e acordos de codeshare entre operadoras dos dois países, alterando uma prática comum da indústria em um dos mercados mais dinâmicos do continente, reportou nosso parceiro Aviacionline.
A mudança planejada da Federal Aviation Administration (FAA) deve ser anunciada nos próximos dias e é o resultado de uma revisão abrangente da supervisão da agência sobre a aviação mexicana.
O rebaixamento do México da Categoria 1 para a Categoria 2 não implica em uma mudança nos serviços atualmente em operação das companhias aéreas mexicanas, mas a venda de assentos em voos por meio de acordos de codeshare será restrita.
Da mesma forma, os pedidos de novas rotas que as empresas com um certificado de operador mexicano apresentarem ao Departamento de Transporte (DOT) não serão levados em consideração até que a categoria 1 seja recuperada.
De acordo com o que foi informado pela Reuters, uma fonte do setor disse que as preocupações da FAA não estavam relacionadas a aspectos de segurança de voo, mas sim a falhas no devido controle da autoridade aeronáutica mexicana sobre as companhias aéreas. Outra fonte indicou que a FAA comunicou essas preocupações ao SCT mexicano (Ministério das Comunicações e Transportes) e que nem todas foram devidamente tratadas.
Esta não é a primeira vez que a FAA reduziu a classificação de segurança aérea do México: em julho de 2010, a FAA a rebaixou para a Categoria 2 e a restaurou para a Categoria 1 em novembro do mesmo ano. Na ocasião, o governo mexicano informou que a deficiência não estava relacionada à segurança operacional e que se devia principalmente à falta temporária de inspetores de voo.
