O futuro da ITA Airways, companhia aérea estatal italiana criada para suceder a Alitalia, estaria finalmente nas mãos do consórcio formado pelo fundo de investimentos Certares, Delta Air Lines e Air France-KLM. O consórcio MSC-Lufthansa, que acreditava ter as melhores chance de assumir a ITA Airways, ficou de fora do certame.
A decisão veio a tona nesta quarta-feira (31), quando o governo escolheu os três atores citados acima para continuar as conversas numa negociação exclusiva. A questão-chave para fazer pender a balança a favor da Certares, Delta e Air France-KLM, foi que este grupo pretende deixar ao Estado italiano 45% do pacote de ações do ITA, enquanto a MSC-Lufthansa ofereceu menos do que 20%.
Com uma contribuição de 600 milhões de euros, dentro do consórcio a ITA estaria distribuída da seguinte forma: Certares com 40,1%, Air France-KLM com 9,9% e Delta com 5%. O estado italiano manteria dois dos cinco membros do conselho com amplos poderes de veto sobre decisões estratégicas e a capacidade de nomear o presidente.
Consultados pelo site Aviacionline sobre esta notícia, a Lufthansa respondeu: “tomamos nota da decisão do Governo italiano. Do nosso ponto de vista, nossa oferta conjunta com a MSC foi a melhor solução para o ITA. Aparentemente, agora está sendo escolhido um caminho que permite maior influência do Estado e não prevê uma privatização completa do ITA.
“Mesmo sem uma cooperação com a ITA, o Grupo Lufthansa ainda está excelentemente posicionado na Itália. Com nossa própria companhia aérea italiana Air Dolomiti e com todas as nossas marcas aéreas, já temos uma forte posição, com cerca de 4 milhões de passageiros e mais de 130 partidas diárias a 21 destinos. Continuaremos a expandir esta posição com nossos próprios esforços e desenvolver ainda mais nossa posição no mercado.“
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