Governo português conclui preparativos para a nova privatização da TAP

Divulgação – TAP

O governo português anunciou que as operações necessárias para a nova privatização da TAP foram concluídas com sucesso. A reestruturação financeira planejada para a companhia aérea, que agora está em processo de venda, foi finalizada, permitindo que a empresa se prepare para o processo de privatização.

De acordo com a imprensa, a TAP, agora uma sociedade anônima (SA), adquiriu 100% das ações da TAP SGPS, sua controladora, além de participação em Portugália, UCS – Dados Integrados de Saúde, e na Cateringpor, completando assim as operações essenciais para a reestruturação da companhia.

A informação foi divulgada pelo Ministério da Infraestrutura, Habitação e Finanças, que reafirmou que as operações corporativas necessárias para avançar com o Plano de Reestruturação acordado com a União Europeia foram finalizadas.

As operações incluíram a aquisição de todas as ações da TAP SGPS nas três empresas mencionadas, sendo que a Cateringpor ainda aguarda a aprovação do Tribunal de Contas. O governo também informou que, em 17 de janeiro, realizou a última contribuição de capital à TAP, no valor de 343 milhões de euros, completando a reestruturação financeira prevista no plano.

Cateringpor era uma das empresas a serem vendidas sob o plano de reestruturação, assim como a Groundforce, empresa de assistência em aeroportos, da qual a Menzies Aviation adquiriu 50,1% no ano passado.

O governo português garantiu que o processo de privatização da TAP começará em 2025, com a intenção de vender o capital da companhia, buscando recuperar parte dos fundos públicos injetados na recuperação da empresa, além de manter a operação do hub em Lisboa.

A TAP foi privatizada inicialmente pelo governo de Pedro Passos Coelho, do PSD/CDS-PP, com o processo finalizado em 12 de novembro de 2015, logo após a aprovação de uma moção que rejeitava o programa executivo.

O consórcio Atlântico Gateway, formado pelos acionistas David Neeleman e o empresário português Humberto Pedrosa, venceu o processo de venda, mas a operação foi parcialmente revertida pelo governo do PS, liderado por António Costa, que contava com o apoio do PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes.

Em 2020, a TAP voltou a ser de propriedade do Estado, após receber assistência devido aos efeitos da pandemia de COVID-19, que gravemente afetou a aviação e o setor econômico em geral. Com a conclusão deste ciclo de reestruturação, o governo espera que a TAP retorne ao setor privado com uma estrutura mais sólida, refletindo as necessidades do mercado e garantindo sua posição competitiva na aviação europeia.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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