Governo português deseja manter uma participação estratégica na TAP após privatização

Imagem: Inframerica

O Governo de Portugal anunciou na sexta-feira que pretende manter uma participação estratégica na TAP, a companhia aérea estatal, o que representa uma condição importante para o processo e que deve ser considerada pelo futuro comprador, que não poderá mais ter 100% do capital, como antes ventilado.

Segundo a Reuters, o Secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, ratificou que, segundo o Ministro das Finanças, Fernando Medina, a licitação pode acontecer ainda no mês de julho. Os grandes grupos aéreos internacionais, Lufthansa, Air France-KLM e IAG, dona da British Airways, expressaram interesse na disputa.

Mendes deixou claro à comissão do parlamento que o objetivo do governo é garantir “uma participação pública de natureza estratégica na empresa” e descartou a venda de todo o capital.

A TAP está atualmente em processo de resgate, aprovado pela Comissão Europeia no valor de 3,2 bilhões de euros. Um dos pontos do programa é a diminuição da frota, a redução dos postos de trabalho e dos salários da maioria dos funcionários. Os esforços da empresa parecem estar dando resultados positivos, como indicam os números dos últimos trimestres.

Enquanto isso, com o número de passageiros crescendo, a TAP tem se mostrado um atrativo para os grandes grupos globais.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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