Governo russo pode injetar US$ 192 milhões nas aéreas locais para cobrir perdas da guerra

Avião Boeing 737-800 Pobeda
Imagem: Anna Zvereva / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

No contexto da introdução de sanções ocidentais, as autoridades russas estão discutindo a alocação de 192 milhões de dólares do orçamento federal para apoiar as companhias aéreas, disse uma fonte do governo à Interfax.

Segundo ele, os recursos podem ser usados ​​para subsidiar empréstimos, pagamentos de arrendamentos e atividades correntes das transportadoras. Espera-se que o projeto de decreto governamental seja preparado ainda em março.

O montante considerado de apoio às companhias aéreas é comparável ao que lhes foi atribuído em 2022 para subsidiar o transporte aéreo doméstico. Em 2020, as autoridades alocaram quase o mesmo montante em meio à crise da COVID-19.

Após o início da invasão da Federação Russa na Ucrânia, as autoridades aeronáuticas da União Europeia, Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos fecharam seu espaço aéreo às companhias aéreas russas. O tráfego aéreo dentro da Federação Russa também foi parcialmente limitado: de acordo com a decisão da Agência Federal de Transporte Aéreo, 11 aeroportos na parte central e no sul do país foram fechados até 14 de março.

Paralelamente, a União Europeia impôs sanções que proíbem o fornecimento de aeronaves civis e peças à Rússia, bem como sua manutenção e seguro. Além disso, as sanções obrigam os arrendadores a rescindir os contratos existentes com as companhias aéreas até o final de março. 

Segundo a consultoria Cirium, das 980 aeronaves de passageiros utilizadas pelas transportadoras aéreas russas, mais de 500 são arrendadas por proprietários estrangeiros.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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