A Força Aérea do Peru poderá em breve ter um caça igual ao que o Brasil opera: o sueco SAAB JAS-39E Gripen NG.
O ministro da Defesa do Peru, Walter Astudillo Chávez, em uma recente aparição perante a Comissão de Defesa, Ordem Interna, Desenvolvimento Alternativo e Luta contra as Drogas, informou que no Orçamento de 2025, aproveitando a Lei de Endividamento Público, foi considerada a aquisição de 24 aviões de combate de última geração para a Força Aérea do Peru (FAP).
“Assim que tivermos aviões dessas características, alcançaremos um nível de dissuasão importante na região”, acrescentou o ministro.
A aquisição planejada busca incorporar 20 aviões monopostos e 4 bipostos para treinamento. O Estudo Definitivo realizado pelo Comando de Operações (COMOP) da Força Aérea do Peru apresentou uma “lista curta” de opções ao Ministério da Defesa, com os candidatos sendo o F-16V Block 70 da norte-americana Lockheed Martin, o Rafale F4 da francesa Dassault e o SAAB Gripen E/F sueco, como informa o portal parceiro Aviacionline.
Segundo diversos meios de comunicação peruanos, o orçamento destinado à incorporação dessas 24 aeronaves estaria em torno de 3,5 bilhões de dólares, financiados por meio de crédito público e títulos soberanos. Cerca de 2 bilhões de dólares estão contemplados no Orçamento Nacional de 2025, e o restante será alocado no orçamento de 2026.
Além do necessário aumento das capacidades operacionais da FAP, o ministro da Defesa ressaltou a importância de fortalecer o complexo militar-industrial peruano. Nesse sentido, será dada especial atenção às propostas de compensação industrial (offset) que incluam transferência de tecnologia e cooperação, apresentadas pelos diferentes ofertantes.
A Força Aérea do Peru, que outrora foi uma referência na América do Sul, enfrenta hoje o desafio de modernizar sua frota envelhecida de aviões de combate. Os Mirage 2000, MiG-29 e Su-25, adquiridos há quase quatro décadas, tiveram sua capacidade operacional reduzida significativamente. No entanto, a esperada aquisição dos KAI FA-50 e a futura incorporação de 24 caças de geração 4.5 marcarão um marco na revitalização da FAP, projetando-a novamente como uma força aérea de ponta na região.
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