A Polícia Federal realizou a operação Catrapo, que teve como alvo um grupo envolvido com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando, inclusive envolvendo pequenas aeronaves. O nome da ação, inclusive, refere-se a uma palavra muito usada no meio aeronáutico para dizer que um piloto fez um pouso desestabilizado.
No total, os policiais federais cumpriram um total 49 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão, determinados pela Justiça, em endereços dos investigados nos estados de Mato Grosso, São Paulo, do Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, de Minas Gerais, do Amazonas, Paraná, de Rondônia, do Tocantins, de Pernambuco e da Bahia.
Segundo a PF, durante as investigações foi apurado que os criminosos usavam aviões para transportar a cocaína adquirida no Peru e na Bolívia para a Europa, utilizando o estado de Mato Grosso como entreposto para o transporte da droga. A Polícia Federal interceptou duas toneladas de cocaína e identificou R$ 40 milhões em patrimônio durante a apuração. O grupo criminoso tinha como líder um ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.
“As investigações tiveram início em 2020, após a importação suspeita de peças de aeronaves portuguesas por uma empresa do Recife, que as introduziu no Brasil pelo porto de Itajaí, em Santa Catarina. Após apurações conjuntas entre a PF, a Receita Federal e a Agência Nacional de Aviação Civil, foi constatado um esquema de contrabando de peças de aviões para o país para a utilização por narcotraficantes em atuação na fronteira”, disse a PF.
As investigações mostraram que o grupo criminoso utilizava empresas de fachadas para lavar o dinheiro com empresas no exterior para facilitar a compra de aeronaves fora do Brasil. Os aviões usados pelo grupo também serviam a outras organizações criminosas.
Contém informações da Agência Brasil
