Nesta quinta-feira (25), o Ministério da Economia e Finanças da Itália (MEF) e a Deutsche Lufthansa AG concordaram oficialmente em repassar uma participação de 41% na ITA Airways por meio de um aumento de capital de 325 milhões de euros, com a opção de adquirir todas as ações restantes em uma data posterior.
Esta injeção de capital beneficia diretamente a empresa italian: como parte do acordo, o MEF também se comprometeu com um aumento de capital de 250 milhões de euros na ITA. Além disso, o MEF e a Lufthansa acordaram opções que permitem a possível aquisição futura das ações remanescentes pela Lufthansa, com o preço de compra baseado no desenvolvimento dos negócios da ITA Airways.
A conclusão contratual do acordo deverá estar concluída em breve, sujeita à aprovação das autoridades competentes, incluindo a Comissão Europeia, conforme informa o site Aviacionline.
Após a conclusão desta transação, espera-se que a ITA Airways e o Grupo Lufthansa iniciem imediatamente sua cooperação comercial e operacional, consolidando a ITA Airways como a quinta companhia aérea na rede de sistemas multimarcas do grupo alemão.
Além da Lufthansa, o Grupo Lufthansa compreende a Austrian Airlines, Brussels Airlines, Eurowings e Swiss International Airlines como suas principais companhias aéreas. Cada uma dessas possuem afiliadas, incluindo Lufthansa CityLine, Air Dolomiti, Lufthansa Cargo, Edelweiss Air, Eurowings Discover e Eurowings Discover.
Para o Grupo Lufthansa, a adição da ITA Airways é significativa devido ao seu grande mercado receptivo. Em 2022, a Itália ocupava o quinto lugar na Europa em termos de receitas do turismo, mantendo essa posição por mais de uma década.
A Itália é a terceira maior economia da Europa em termos de produto interno bruto, com uma economia fortemente voltada para a exportação. Por essas e outras razões, as viagens de negócios de e para a Itália são de grande importância. Além disso, a Itália é um dos destinos de lazer mais populares do mundo.
Carsten Spohr, CEO da Deutsche Lufthansa AG, disse: “O acordo de hoje resultará em uma situação vantajosa para todas as partes e será especialmente positivo para os clientes e funcionários da ITA Airways. Junto com nossos parceiros, esperamos fortalecer a competitividade da ITA Airways em um mercado difícil. A Itália é e continuará a ser um mercado chave para o Grupo Lufthansa. ”
O CEO destacou as duas bases da ITA Airways em Roma e Milão, que abrangem dois mercados distintos. O Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino se destaca como hub O&D (origem e destino) da ITA e da ex-Alitalia, enquanto Milão atende clientes corporativos e de lazer, com alto volume de passageiros.
A ITA Airways foi estabelecida em novembro de 2020 como sucessora da Alitalia, que encerrou suas operações em 15 de outubro de 2021 devido ao acúmulo de dívidas. Desde então, esta nova companhia aérea italiana tem se concentrado em destinos lucrativos enquanto procura um novo investidor ou a aquisição total por uma companhia aérea.
A rede da ITA Airways é composta por 21 destinos domésticos, sendo 29 na Europa, 7 nos Estados Unidos, 3 na África, 3 na Ásia e 3 na América do Sul. Atualmente possui uma frota composta por um total de 67 aeronaves. Além disso, a ITA Airways tem encomendas para nove A220-100, onze A220-300, vinte A320neo, nove A321neo (LR), dezoito A330-900 e dois A350-900.
A Lufthansa busca aproveitar sua base em Roma/Fiumicino para estabelecer conexões principalmente com a África e a América Latina. A Itália é o segundo mercado mais importante para a América Latina e o Caribe, mas atualmente a conectividade entre as duas regiões é limitada. Por outro lado, a África já é atendida pela Lufthansa e Brussels Airlines, mas as oportunidades de crescimento são significativas.
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