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Há 32 anos, na data de hoje, um Boeing 737-200 pousava após perder parte da fuselagem em voo

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Seria apenas mais uma operação de rotina entre as ilhas do Havaí quando, em 28 de abril de 1988, um jato da Aloha Airlines decolava de Hilo com destino a Honolulu. Mas o voo número 243 ficaria marcado na história da aviação.

Aloha Airlines Voo 243 Fuselagem
Imagem: NTSB

Cruzando a 24.000 pés, uma descompressão explosiva da fuselagem do Boeing 737-200 arrancou repentinamente uma parte do revestimento metálico do teto do avião, que depois se ampliou para uma seção de 5,5 metros, criando um enorme buraco na fuselagem e sugando uma aeromoça para fora.

O Boeing 737 pousou com segurança no aeroporto de Kahului, em Maui, e a ocorrência ficou para a história como um dos eventos mais significativos da aviação.

Descobertas das investigações

A data de hoje marca os 32 anos desde o acidente do voo 243 da Aloha Airlines, que matou a aeromoça de 58 anos, Clarabelle Lansing, cujo corpo nunca foi encontrado.

Mais de 60 dos 89 passageiros a bordo também ficaram feridos, oito dos quais sofreram ferimentos graves, mas a tragédia resultou em efeitos de longo alcance nas políticas e procedimentos de segurança da aviação.

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos disse que um oficial fez uma inspeção antes do primeiro voo do dia, na escuridão antes do amanhecer, mas não encontrou nada incomum.

Posteriormente, a tripulação de voo não fez nenhuma inspeção visual entre os outros três voos de ida e volta, justificando que não o fizeram porque a companhia aérea não os exigia.

No entanto, após o acidente, um passageiro relatou que, ao embarcar no avião, notou uma rachadura na fuselagem, mas não a relatou antes da decolagem.

Tempos mais tarde, a investigação do Conselho Nacional de Transporte e Segurança (NTSB) dos EUA revelou que o incidente foi causado pela idade do avião, mas também pela manutenção deficiente.

Imagem: NTSB

O Boeing 737 foi construído em 1969 e entregue à Aloha Airlines como uma nova aeronave. Mas, até o acidente, embora a aeronave tinha acumulado 35.496 horas de voo, essas horas incluíram mais de 89.680 ciclos (decolagens e aterrissagens). Isso equivalia a mais que o dobro do número de ciclos de voo para o qual o avião foi projetado.

O NTSB concluiu que o acidente foi causado por trincas de fadiga do metal devido à quantidade elevada de ciclos, exacerbada pela corrosão das trincas, uma vez que a aeronave operou por seus 19 anos em um ambiente costeiro, com exposição ao sal e à umidade.

Contribuíram para o acidente o procedimento deficiente de manutenção e de inspeção da companhia aérea, mas também problemas na produção da junta de colagem a frio das estruturas da fuselagem, que resultou em baixa durabilidade à corrosão.

Uma inspeção visual da frota da companhia aérea após o acidente revelou problemas com a estrutura de quase todos os aviões. Como resultado, duas aeronaves foram demolidas, juntamente com o avião envolvido no acidente de 28 de abril.

Com informações da Wikipedia

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