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Hawaiian avalia comprar 787 e pode deixar A330-800 sem clientes

A companhia americana Hawaiian Airlines quer conectar o Havaí com outras partes do mundo, mas não está certa de qual avião quer comprar. Sendo a única companhia a encomendar o novo A330-800neo, ela está considerando outras opções e pode colocar um fim ao modelo que entrou hoje no status de pré-montagem em Hamburgo.




Em 2008 a companhia havaiana encomendou 6 Airbus A350-800 que seriam entregues em 2017. Mas com a baixa demanda para a versão -800 do A350XWB, em meados de 2014 a Airbus começou a conversar com as companhias aéreas para cancelarem as encomendas do modelo em troca do maior A350-900 ou do menor e recém-lançado A330neo. A Hawaiian foi uma das primeiras a desistir do A350-800 e converteu os pedidos para o A330-800neo. Anos se passaram e até hoje nenhuma outra aérea encomendou o modelo menor da nova geração de A330.

O CEO da Hawaiian, Mark Dunkerley, disse à CNN que está pensando se o A330neo “é o avião certo para nós” ou se seria melhor escolher um avião da Boeing. “Nós acreditamos bastante no programa da Airbus, porém também sabemos que a Boeing possui alternativas íncriveis que também estamos interessados em olhar.”

O Airbus A330-800 possui 7.500 milhas náuticas (13.890 km) de alcance e pode conectar Honolulu a localidades distantes como Índia, Austrália, Londres ou até Moscou. A companhia aérea quer não apenas substituir o Boeing 767 que opera rotas para os EUA e países no Pacífico, mas quer atrair turistas da outra parte do mundo (Europa principalmente) para visitar o Havaí.

Mark afirmou que está conversando também com a Airbus sobre as melhores opções, mas também está acompanhando de perto a possibilidade comprar o 787 Dreamliner da Boeing. “O melhor jeito de saber qual é o melhor para nós é conversar com ambas as fabricantes”, declarou o CEO. A Hawaiian é uma grande cliente da Airbus, operando 24 A330-200 e com encomenda de 18 A321neo, que complementarão a frota do futuro avião, seja o A330neo ou o 787. A companhia é a única a operar voos com aeronaves widebody (de dois corredores) entre o Havaí e a costa oeste de maneira regular.

Boeing 717 não está nos planos de renovação de frota

Clássico 717 taxia em Honolulu | Foto: Ken Fielding

Apesar da renovação na frota de médio e longo curso, a Hawaiian não tem planos para trocar os 20 Boeing 717 que são vitos nas operações no arquipélago, que não conta com pontes ou outras conexões terrestres entre as ilhas. O 717 é um derivado do Douglas DC-9, que é um projeto de mais de 50 anos. Ainda assim o Boeing 717 é operado em larga escala pela Hawaiian e pela Delta, que operam 91 das 155 unidades produzidas, principalmente as últimas unidades fabricadas na antológica fábrica da Douglas/McDonnell Douglas em Long Beach, Califórnia.

O jato chegou a operar a rota entre o estado natal e o Havaí durante uma época, até a chegada dos grandes 767. Hoje operam apenas voos entre as ilhas. Mas segundo Mark, os 717 da companhia ainda são jovens: “No sentido contrário desse índice de idade, a idade do 717 na nossa frota é de 15, 16 e 17 anos, então temos bastante “pista” à frente e agora não estamos se quer considerando a aposentadoria deles.”

Uma opção viável para substituição dos 717 seria o Embraer E2 nos modelos 190 e 195. Viável porque o concorrente canadense Bombardier C Series terá seu preço mais do que triplicado com a recente decisão dos EUA de taxar qualquer venda do avião canadense para empresas americanas.

Estes aviões brasileiros levam entre 114 e 146 passageiros, possuem um alcance de 2.600 e 2.850 milhas náuticas, respectivamente, suficiente para voar sem restrições para toda a Costa Oeste americana, que é o principal mercado da Hawaiian na América continental.

Com informações da CNN Money.

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